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Demissão: um momento difícil que pode abrir portas para empreender

Carimbo de demissão sobre a mesa ao lado de uma carteira de trabalho, representando o momento de transição após o fim do vínculo empregatício.
Uma demissão pode simbolizar o início de uma nova fase profissional.

Tomar a decisão de pedir demissão, ou lidar com o desligamento inesperado, é sempre um ponto de virada na vida profissional. Para muitos brasileiros, esse é justamente o momento em que surge a reflexão: “Será que agora é a hora de empreender?”

Nos últimos anos, com a expansão do trabalho remoto, novos modelos de negócio digitais, programas de capacitação acessíveis e um ambiente econômico que favorece pequenas empresas em vários setores, a demissão pode deixar de ser um obstáculo e se tornar um gatilho de mudança.

Este artigo mostra como transformar esse período em oportunidade, quais cuidados tomar antes de dar o primeiro passo e por onde começar sua jornada empreendedora com segurança e estratégia.

Por que empreender pode ser uma alternativa após o desligamento?

Ser demitido ou decidir pedir demissão pode gerar incerteza, preocupação financeira e até insegurança emocional. Mas é justamente nesse período que muitos profissionais conseguem enxergar com mais clareza que é hora de construir algo próprio.

Há motivos práticos para isso:

  • Tempo para planejamento: o período pós-demissão dá espaço mental e disponibilidade para estruturar uma nova fase profissional.
  • Indenizações e verbas rescisórias: muitos trabalhadores usam parte desses recursos como capital inicial.
  • Mercado em transformação: setores como comércio online, serviços especializados e economia criativa continuarão em expansão em 2026.
  • Valorização da autonomia: a busca por flexibilidade, propósito e equilíbrio entre vida pessoal e profissional tem crescido e empreender atende a essa demanda.

Quando pedir demissão para começar a empreender?

Nem sempre a melhor decisão é “sair primeiro e empreender depois”. Para muitos, o ideal é iniciar o planejamento enquanto ainda está empregado, garantindo mais segurança.
Por outro lado, pedir demissão pode ser estratégico quando:

  • o emprego atual impede o planejamento do negócio (falta de tempo, energia ou conflito de interesses);
  • já existe validação prévia da ideia ou primeiros clientes;
  • o profissional tem reserva financeira para 6 a 12 meses, garantindo fôlego no início;
  • a oportunidade de mercado é imediata e perder o timing pode significar abrir mão de vantagem competitiva;
  • a saúde mental está comprometida, tornando insustentável a continuidade em um emprego com alta carga emocional.

Pontos críticos para decidir empreender

Empreender após a demissão pode ser uma excelente alternativa, mas a escolha precisa considerar três fatores: tempo, recursos e preparo.

Aqui estão os principais pontos de atenção:

1. Reservas financeiras e custo de vida

Antes de abrir um negócio, é essencial avaliar:

  • tempo estimado até o negócio gerar receita;
  • gastos pessoais mensais;
  • investimento inicial necessário;
  • margem para imprevistos.

O recomendado é ter uma reserva de 6 meses, minimamente, para evitar decisões precipitadas que prejudiquem o negócio no início.

2. Comportamento do mercado em 2026

Diversos setores apresentam novas oportunidades em 2026, como:

  • serviços híbridos e remotos;
  • consultorias especializadas;
  • varejo digital e atendimento personalizado;
  • alimentação saudável e produtos sustentáveis;
  • microfranquias e negócios de baixo investimento.

Avaliar tendências ajuda a entender onde há mais espaço para crescer.

3. Habilidades profissionais já adquiridas

A demissão também permite avaliar todas as competências acumuladas ao longo da carreira. Muitas delas já são suficientes para abrir um negócio, especialmente modelos baseados em prestação de serviços, consultoria ou negócios digitais.

4. Acesso a crédito e incentivos

Linhas de crédito específicas para pequenos empreendedores, programas de capacitação e ferramentas digitais continuam ampliando o acesso a quem deseja começar.

Como transformar a demissão em um plano real para empreender?

Se a decisão é empreender, o próximo passo é transformar a ideia em prática. Aqui está um caminho seguro e simples:

1. Estruture uma ideia de negócio viável

Avalie problemas reais que você pode resolver e teste rapidamente a aceitação junto ao público. Conversas, pesquisas simples e protótipos ajudam a validar o potencial da ideia.

2. Defina o modelo de negócio

Considere:

  • seu perfil (digital, presencial, híbrido);
  • se o negócio tem potencial de crescimento;
  • se exige pouca ou muita estrutura;
  • se pode começar como MEI ou demanda outro enquadramento.

3. Faça um planejamento financeiro cuidadoso

Inclua:

  • precificação;
  • metas de faturamento;
  • ponto de equilíbrio;
  • projeção de fluxo de caixa.

Isso reduz riscos e aumenta a segurança na tomada de decisão.

4. Regularize a atividade

Para quem começa pequeno, o MEI é uma opção prática que facilita:

  • emissão de nota fiscal;
  • pagamento simplificado de impostos;
  • formalização rápida;
  • acesso a crédito empresarial.

5. Monte sua presença digital

Hoje, não é necessário ter uma estrutura física para começar:

  • redes sociais funcionam como vitrine inicial;
  • plataformas de venda online reduzem custos;
  • atendimento digital conquista clientes desde o primeiro dia.

6. Comece pequeno e cresça com consciência

O período pós-demissão não precisa ser marcado por grandes investimentos. A estratégia mais segura é começar enxuto, testar, melhorar e só então escalar.

Como planejar a transição sem comprometer sua renda?

Planejar a transição para o empreendedorismo sem comprometer a renda exige calma, organização e uma boa leitura da própria realidade financeira. 

É recomendável, por exemplo, não utilizar toda a verba rescisória no início, preservando parte do valor para sustentar os primeiros meses e lidar com imprevistos. Nesse período, considerar a realização de freelas pode ajudar a gerar renda extra enquanto o negócio ainda está em fase de estruturação.  

Manter uma rotina constante de estudos e aperfeiçoamento profissional também contribui para fortalecer habilidades importantes nessa nova etapa. 

Por fim, evitar comparações com a trajetória de outros empreendedores é essencial, já que cada pessoa avança em um ritmo diferente e enfrenta desafios próprios.

Erros comuns de quem empreende logo após a demissão

Um dos mais comuns é confiar apenas no entusiasmo inicial, ignorando a necessidade de validar a ideia antes de investir tempo e dinheiro. 

Misturar finanças pessoais com as do negócio também costuma gerar desequilíbrios que comprometem o controle financeiro. Outro ponto crítico é negligenciar obrigações tributárias e legais, o que pode trazer problemas futuros e até inviabilizar a operação. 

Além disso, muitos acabam desistindo cedo demais, sem dar tempo para que o negócio amadureça!

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