Uma boa comunicação é elemento fundamental para as relações humanas. Quando falamos da comunicação em um pequeno negócio, então, ela pode ser decisiva para promover a produtividade e motivação na equipe.
A comunicação não-violenta, também chamada de comunicação empática, é uma abordagem de comunicação que busca promover interações com mais atenção e empatia. Ela é usada na resolução de situações que geram desconfortos. Sua adoção ajuda a promover um ambiente mais acolhedor e de respeito entre as pessoas. Por isso, vale a pena saber mais sobre ela e criar estratégias para adotá-la no dia a dia, além de transmitir seus conceitos para as pessoas do seu time.
De forma prática, a comunicação empática está baseada por quatro componentes:
1) Observação
Antes de mais nada, é necessário observar o que realmente está acontecendo em determinada situação. É preciso buscar compreender aquilo que está gerando algum ruído ou desconforto.
2) Sentimento
O segundo passo é entender qual sentimento a situação observada desperta. É importante nomear aquilo que se sente.
3) Necessidade
O passo seguinte é reconhecer que tipo de necessidade se liga ao sentimento despertado. Colocar isso às claras amplia as chances de uma mudança real no comportamento das pessoas envolvidas na comunicação.
4) Pedido
Esse elemento é fundamental para deixar clara uma proposta de mudança, favorável para a redução de conflitos.
Fica mais claro entender como os componentes funcionam com um exemplo. Veja como:
Exemplo:
Você percebe que uma pessoa da equipe, por diversas, vezes, entrega o relatório de vendas incompleto e com erros, o que gera retrabalho e atrasos.
Comunicação violenta:
- Fulano, você precisa prestar mais atenção!! Toda vez sua planilha vem com erros e sem todos os dados!
Comunicação não violenta:
- Fulano, quando eu recebo a planilha de vendas incompleta e com erros nos dados (observação), me sinto frustrado e acabo me irritando (sentimento), pois preciso que ela esteja correta para tomar as decisões de compra com nossos fornecedores (necessidade). Você poderia revisar mais vezes e corrigir tudo antes de me enviar? (pedido)
Nesse exemplo, a primeira forma de comunicação não expõe a situação corretamente (ao falar em "toda vez” a pessoa envolvida logo irá lembrar das vezes que entregou corretamente, o que tira o foco da questão); não dá chance para a pessoa envolvida perceber a reação que provoca nem os problemas que causa com aquela atitude; e, finalmente, não indica uma forma para que a situação seja resolvida, o que deveria ser o principal objetivo da comunicação. Já a abordagem não violenta apresenta todos os principais pontos de forma clara e direciona para a resolução do problema.
É preciso treino, paciência e, principalmente, empatia para adotar a comunicação não-violenta e não será algo da noite para o dia. Mas vale a pena começar! Experimente.
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