Manter o estoque organizado é uma tarefa indispensável para qualquer empresa que trabalha com produtos físicos.
Com o passar dos anos, o controle de estoque se tornou ainda mais estratégico, especialmente para pequenos empreendedores que dependem de previsibilidade financeira, margens ajustadas e operações enxutas para crescer. Ferramentas digitais mais acessíveis, integração com vendas e automação de processos tornaram o gerenciamento mais simples, rápido e eficiente.
O controle de estoque influencia diretamente o caixa, a produtividade e a experiência do cliente. Sem ele, o empreendedor fica vulnerável a perdas, imprecisões, excesso de compras, rupturas e prejuízos que podem comprometer a saúde financeira do negócio.
Por isso, saber como organizar entradas, saídas e quantidades disponíveis é essencial para quem deseja manter a empresa estável e competitiva.
O que é controle de estoque?
Controle de estoque é o conjunto de práticas e processos que permitem acompanhar, registrar e monitorar a quantidade de produtos armazenados. Essa gestão envolve entradas, saídas, reposição, previsão de demanda, identificação de itens parados e análise do giro de cada produto.
Além disso, permite entender quais itens têm maior saída, quais precisam de reposição urgente e quais ocupam espaço sem gerar retorno financeiro.
Essa prática tem evoluído vez após vez e passou a incluir o uso de sistemas integrados, leitura de códigos de barras, sincronização com notas fiscais e dashboards automáticos que facilitam o acompanhamento diário. Isso ajuda o empreendedor a evitar erros e manter o estoque alinhado às reais necessidades do negócio.
Para que serve o controle de estoque?
O controle de estoque serve para garantir que a empresa tenha os produtos certos, nas quantidades adequadas e no momento correto. Ele reduz desperdícios, evita rupturas e ajuda a organizar a operação. Também permite prever a demanda, negociar melhor com fornecedores, equilibrar o fluxo de caixa e manter os custos controlados.
Outro ponto fundamental é que o estoque bem gerenciado melhora a precificação. Quando o empreendedor sabe quanto paga, quanto perde e quanto imobiliza, torna-se mais fácil definir preços coerentes e competitivos. Esse monitoramento também ajuda a identificar os produtos que realmente trazem lucro e aqueles que apenas consomem espaço.
Como fazer controle de estoque?
Para começar um bom controle de estoque, é essencial adotar uma rotina organizada. O primeiro passo é registrar todas as entradas e saídas em tempo real, sem acumular para o final do dia. Em seguida, defina categorias, códigos e descrições claras para cada item, facilitando a busca e o acompanhamento.
Outro ponto importante é definir o estoque mínimo — a quantidade necessária para atender à demanda sem risco de falta — e o estoque máximo, que ajuda a evitar excesso de produtos parados. O ponto de pedido, que considera o tempo de reposição e o giro dos produtos, também precisa ser alinhado à rotina da empresa.
Além disso, realizar inventários periódicos (semanal, quinzenal ou mensal) ajuda a corrigir divergências e manter os registros confiáveis. Atualmente, muitos sistemas já fazem isso por meio de aplicativos simples e acessíveis, permitindo contagens rápidas e integração automática com o restante da operação.
Como o controle de estoque impacta o caixa e o lucro da sua empresa?
O estoque influencia diretamente o desempenho financeiro da empresa. Quando há excesso de produtos armazenados, o capital fica imobilizado e esse dinheiro poderia estar sendo usado para compras mais estratégicas, melhoria do atendimento ou até reforço do caixa.
Por outro lado, faltar produto significa perder vendas, prejudicar a experiência do cliente e interromper o faturamento.
Além disso, um estoque bem controlado facilita o acompanhamento dos custos e a construção de um fluxo de caixa equilibrado. Essa organização permite planejar compras com mais segurança, ajustar preços e evitar gastos inesperados.
Ao longo do ano, esse cuidado ajuda o empreendedor a tomar decisões mais precisas e reduzir o risco de prejuízos operacionais.
Como montar uma planilha de controle de estoque?
A planilha de controle é uma ferramenta essencial para quem quer realizar a gestão de estoque, mas ainda não é adepto ao uso de um sistema de controle de estoque para esse monitoramento.
Com o seu uso e atualização, é possível não apenas saber quais os itens em estoque, mas também suas datas de entrada, saída, códigos correspondentes e outras informações úteis para a gestão dos produtos em estoque, evitando problemas como falta de produtos ou compras desnecessárias.
Para fazer a planilha de controle de estoque, é necessário montar um documento — no Excel, Google Sheets ou outro aplicativo que disponibilize a função planilha — com as seguintes informações:
Coluna de entradas
- Quantidade de itens que entraram em estoque;
- Código do produto;
- Descrição do produto;
- Unidade de medida;
- Data de entrada (dia, mês e ano);
- Informações do fornecedor (nome e contato).
Coluna de saídas
- Quantidade de itens que saíram do estoque;
- Código do produto;
- Descrição do produto;
- Unidade de medida;
- Data de saída (dia, mês e ano);
- Motivo da saída — venda, perda do produto, obsolescência.
Ela deve ser atualizada regularmente e rigorosamente, assim como outras ferramentas que fazem parte do dia a dia da gestão da empresa, como fluxo de caixa.
As principais técnicas de controle de estoque
Existem várias técnicas que ajudam empreendedores a organizar o estoque de forma inteligente.
Entre as mais utilizadas estão:
1. PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai)
Essa técnica determina que os primeiros itens adquiridos sejam os primeiros a sair. É ideal para produtos perecíveis ou com prazo de validade, pois reduz perdas e garante qualidade.
Esse método é recomendado para empresas que vendem ou trabalham com produtos perecíveis, como mercados, farmácias e restaurantes.
Além disso, o PEPS — junto ao Custo Médio, sobre o qual falaremos mais para frente — é um dos únicos métodos de gestão de estoque aceitos pela Receita Federal para o cálculo do Imposto de Renda.
2. UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai)
O UEPS prioriza a saída dos itens comprados mais recentemente. Embora não seja permitido para fins contábeis no Brasil, é útil para negócios que buscam acompanhar a rotatividade de produtos em cenários específicos.
3. Custo Médio (CMP)
O método calcula a média ponderada móvel (MPM) dos custos de compra, ajudando a manter estabilidade no valor das mercadorias. É uma técnica muito utilizada por empreendedores iniciantes, pois facilita o controle de preços e de margens.
Sua fórmula base é a seguinte:
Custo Médio = Valores dos produtos antigos + Valores dos produtos novos/Quantidade de itens em estoque
4. Curva ABC
A Curva ABC utiliza três critérios para classificar os itens do estoque e definir a importância de sua manutenção: o giro, o faturamento e a lucratividade. Com base nesses critérios, os itens estocados são classificados em três tipo:
- A (alta relevância),
- B (média),
- C (baixa).
Isso ajuda a priorizar compras, evitar rupturas e manter o foco nos itens que realmente geram lucro.
5. Just in Time (JIT)
O JIT (“Just In Time”, expressão em inglês para “no momento certo” ou “bem a tempo”) busca manter o mínimo possível de estoque, reduzindo desperdícios e acelerando a operação. Funciona melhor quando os fornecedores são confiáveis e oferecem entregas rápidas e constantes.
Erros comuns no controle de estoque (e como evitar)
Muitos empreendedores enfrentam dificuldades porque cometem erros que poderiam ser evitados com práticas simples.
Um dos mais comuns é confiar apenas na intuição para comprar ou repor produtos, sem analisar histórico de vendas ou sazonalidade.
Outro erro é não registrar perdas, danos ou produtos vencidos, o que distorce o valor real do estoque.
Também é comum misturar itens pessoais com produtos da empresa ou deixar de atualizar entradas e saídas no momento da movimentação.
Além disso, muitos negócios sofrem com excesso de variedade, que aumenta custos e dificulta o controle.
Evitar esses erros ajuda a manter o estoque mais saudável e facilita o planejamento financeiro.
Controle de estoque em 2026: tendências e ferramentas para sua empresa
Em 2026, o controle de estoque se tornou mais ágil e eficiente graças à popularização de sistemas integrados e tecnologias acessíveis.
Muitos softwares já oferecem funcionalidades como leitura de código de barras pelo celular, sincronização com a emissão de notas fiscais e relatórios automáticos que mostram giro de produtos, lucratividade e nível de estoque.
Outra tendência é o uso de inteligência artificial para prever demandas, identificar itens com baixo desempenho e sugerir compras mais precisas. Ferramentas de automação também têm sido aplicadas para evitar erros manuais, melhorar o inventário e proporcionar maior controle sobre a operação mesmo para empreendedores de pequeno porte.
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