O salário-mínimo 2026 deve ter um reajuste que mantém a política de valorização dos últimos anos, garantindo aumento real acima da inflação. O valor serve de base para milhões de brasileiros e influencia desde o poder de compra das famílias até custos e tributos empresariais, como o pagamento mensal dos microempreendedores individuais (MEIs).
Nesse artigo, vamos falar sobre o valor do salário-mínimo 2026 e os seus impactos. Continue lendo para saber mais!
Qual o valor do salário-mínimo para 2026?
De acordo com o PLOA 2026, apresentado em agosto de 2025, o novo salário-mínimo deve subir para R$ 1.612,00. O cálculo do novo valor considera dois fatores principais:
- A inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor);
- O crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes (neste caso, o resultado de 2024).
O cálculo segue a política de valorização do salário-mínimo, retomada em 2023, que garante aumento acima da inflação. A fórmula é a seguinte:
Reajuste = INPC acumulado + crescimento real do PIB de dois anos antes
De quanto é o reajuste do salário-mínimo de 2025?
Atualmente, o valor do salário-mínimo é de R$1.518,00. Portanto, o reajuste do salário-mínimo em relação ao valor de 2025 é de R$94,00, representando uma alta de cerca de 6,2%.
Quando o novo valor do salário-mínimo começa a valer?
O novo valor passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2026, após decreto presidencial publicado no fim de dezembro de 2025.
Para quem é o reajuste do salário-mínimo?
O reajuste beneficia não apenas trabalhadores com carteira assinada, mas também milhões de brasileiros que têm o salário-mínimo como parâmetro.
Entre os principais grupos impactados estão:
- Trabalhadores regidos pela CLT;
- Aposentados e pensionistas do INSS;
- Beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada);
- Trabalhadores informais e autônomos;
De acordo com a nota técnica emitida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2025, cerca de 59,9 milhões de brasileiros tinham sua renda diretamente vinculada ou referenciada pelo piso nacional.
No que o reajuste do salário-mínimo impacta?
Existem alguns benefícios e impostos que são calculados tendo como base o valor do salário-mínimo. Portanto, o reajuste do salário-mínimo tem impacto:
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No valor do imposto do MEI, que é pago por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS);
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No valor do PIS/PASEP (Abono salarial);
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Na isenção da declaração de Imposto de Renda;
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Nos direitos e benefícios oferecidos pelo governo federal;
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No valor da aposentadoria;
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No valor do seguro-desemprego;
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No valor do auxílio maternidade.
Salário-mínimo paulista: valor regional supera o piso salarial nacional
Desde 1º de julho de 2025, o novo piso regional de São Paulo para algumas profissões passou a valer, e o novo valor do salário foi fixado em R$1.804, valor que representa uma diferença de R$286 acima do salário-mínimo atual.
Nesse reajuste, foram impactadas cerca de 70 categorias de profissionais que não possuem um piso salarial definido por lei federal, convenção coletiva ou acordo coletivo. A medida aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, visa atender às particularidades econômicas da região e garantir maior poder de compra aos trabalhadores paulistas.
Os profissionais beneficiados são:
- Trabalhadores domésticos
- Cuidadores de idosos
- Cuidadores de pessoas com deficiência
- Serventes
- Trabalhadores agropecuários e florestais
- Pescadores
- Contínuos
- Mensageiros e trabalhadores de serviços de limpeza e conservação
- Trabalhadores de serviços de manutenção de áreas verdes e de logradouros públicos
- Auxiliares de serviços gerais de escritório
- Empregados não especializados do comércio, da indústria e de serviços administrativos
- Cumins
- "Barboys"
- Lavadeiros
- Ascensoristas
- Motoboys
- Trabalhadores de movimentação e manipulação de mercadorias e materiais e trabalhadores não especializados de minas e pedreiras
- Operadores de máquinas e implementos agrícolas e florestais, de máquinas Tintureiros
- Barbeiros
- Cabeleireiros
- Manicures e pedicures
- Dedetizadores
- Vendedores
- Trabalhadores de costura e estofadores
- Pedreiros
- Trabalhadores de preparação de alimentos e bebidas, de fabricação e confecção de papel e papelão
- Trabalhadores em serviços de proteção e segurança pessoal e patrimonial
- Trabalhadores de serviços de turismo e hospedagem
- Garçons
- Cobradores de transportes coletivos
- "Barmen"
- Pintores
- Encanadores
- Soldadores
- Chapeadores
- Montadores de estruturas metálicas
- Vidreiros e ceramistas
- Fiandeiros
- Tecelões
- Tingidores
- Trabalhadores de curtimento
- Joalheiros
- Ourives
- Operadores de máquinas de escritório
- Datilógrafos
- Digitadores
- Telefonistas
- Operadores de telefone e de "telemarketing"
- Atendentes e comissários de serviços de transporte de passageiros
- Trabalhadores de redes de energia e de telecomunicações
- Ajustadores mecânico
- Montadores de máquinas
- Operadores de instalações de processamento químico e supervisores de produção e manutenção industrial
- Administradores agropecuários e florestais
- Trabalhadores de serviços de higiene e saúde
- Chefes de serviços de transportes e de comunicações
- Supervisores de compras e de vendas
- Agentes técnicos em vendas e representantes comerciais
- Operadores de estação de rádio e de estação de televisão, de equipamentos de sonorização e de projeção cinematográfica.
Salário-mínimo ao longo dos anos
Em 1º de julho de 1994 a moeda que utilizamos hoje, o real (R$), entrou em circulação no lugar do cruzeiro real (CR$), num processo de estabilização econômica do nosso país.
Confira abaixo a lista com o histórico de valores do salário-mínimo desde a implantação da nova moeda, em 1994:
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1994 – R$ 64,79
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1994 – R$ 70 (+8,04%) - a partir de Set/1994
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1995 – R$ 100 (+42,86%)
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1996 – R$ 112 (+12%)
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1997 – R$ 120 (+7,14%)
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1998 – R$ 130 (+8,33%)
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1999 – R$ 136 (+4,62%)
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2000 – R$ 151 (+11,03%)
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2001 – R$ 180 (+19,21%)
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2002 – R$ 200 (+11,11%)
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2003 – R$ 240 (+20%)
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2004 – R$ 260 (+8,33%)
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2005 – R$ 300 (+15,38%)
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2006 – R$ 350 (+16,67%)
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2007 – R$ 380 (+8,57%)
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2008 – R$ 415 (+9,21%)
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2009 – R$ 465 (+12,05%)
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2010 – R$ 510 (+9,68%)
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2011 – R$ 545 (+5,88%)
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2012 – R$ 622 (+14,13%)
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2013 – R$ 678 (+9%)
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2014 – R$ 724 (+6,78%)
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2015 – R$ 788 (+8,84%)
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2016 – R$ 880 (+11,68%)
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2017 – R$ 937 (+6,48%)
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2018 – R$ 954 (+1,81%)
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2019 – R$ 998 (+4,61%)
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2020 – R$ 1.039 (+4,11%)
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2020 – R$ 1.045 (+0,58%) - a partir de Fev/2020
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2021 – R$ 1.100 (+5,26%)
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2022 – R$ 1.212 (+10,18%)
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2023 – R$ 1.302 (+7,4%)
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2023 – R$ 1.320 (+1,4%) - a partir de Mai/2023
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2024 – R$ 1.412 (+7,7%)
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2025 – R$ 1.518 (+7,5%)
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2026 – R$ 1.612 (+6,2% — previsão)
Como o salário-mínimo afeta o seu negócio?
Para empreendedores e gestores, o aumento do salário-mínimo exige planejamento financeiro e revisão de custos operacionais. Entre os principais pontos de atenção estão:
- Folha de pagamento e encargos trabalhistas;
- Contribuições previdenciárias;
- Custo de serviços terceirizados;
- Aumento da base de cálculo de benefícios e impostos.
Empresas que se planejam com antecedência conseguem absorver os reajustes de forma sustentável, evitando impactos negativos na rentabilidade.
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