A tabela do Imposto de Renda 2026 deve passar por uma das maiores atualizações das últimas décadas. A proposta em discussão pelo Governo Federal prevê aumento da faixa de isenção para até R$ 5.000,00 mensais, o que pode beneficiar cerca de 26,6 milhões de contribuintes e reduzir a defasagem acumulada na tributação da renda.
A mudança faz parte da política de justiça fiscal e valorização da renda que o governo vem implementando desde 2023.
O que é o pacote de corte de gastos?
O pacote de corte de gastos foi uma medida anunciada pelo Governo Federal que tem como objetivo mudar regras e limitar gastos para economizar dinheiro público e, consequentemente, conseguir deixar as contas públicas em equilíbrio.
Entre os pontos anunciados nesse pacote estão:
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O reajuste do salário-mínimo;
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A nova faixa de isenção do Imposto de Renda;
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A mudança das regras do PIS/PASEP;
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Novas regras para o Benefício de Prestação Continuada (BPC);
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Endurecimento das regras do Bolsa Família;
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O custo da aposentadoria dos militares;
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Limitação de supersalários de servidores públicos;
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Limitação do valor de emendas parlamentares.
O que muda no Imposto de Renda em 2026?
O Governo Federal apresentou uma proposta de atualização da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) com o objetivo de aliviar a carga tributária sobre as faixas de renda mais baixas e médias.
As principais alterações previstas são:
- Ampliação da faixa de isenção para rendimentos de até R$ 5.000,00 por mês;
- Revisão das faixas intermediárias para corrigir a defasagem acumulada;
- Possibilidade de nova alíquota de 10% sobre rendimentos acima de R$ 50 mil, voltada a altas rendas e dividendos.
Nova tabela projetada do Imposto de Renda 2026
A tabela abaixo apresenta o modelo projetado com base nas discussões mais recentes e nas estimativas da Unafisco e do Sindifisco:
- Até R$ 5,000,00 – Isento;
- De R$ 5,000,01 até R$ 7.423,07 — Alíquota de 7,5%;
- De R$ 7.423,07 até R$ 9.850,63 — Alíquota de 15%;
- De R$ 9.850,64 até R$ 12.249,92 – Alíquota de 22,5%;
- Acima de R$ 12.249,92 – Alíquota de 27,5%.
A nova estrutura mantém a progressividade, mas amplia a isenção para uma parcela maior da população, buscando equilibrar a arrecadação e estimular o consumo.
Quando começam a valer as mudanças do Imposto de Renda?
A previsão é que a nova tabela entre em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026, com efeito imediato sobre a retenção mensal de salários.
Na prática, quem ganha até R$ 5.000,00 deixará de ter desconto na folha, enquanto os demais terão o imposto ajustado conforme as novas alíquotas.
As declarações do Imposto de Renda feitas em 2027 (ano-base 2026) já deverão seguir a nova tabela.
Por que o governo quis atualizar o Imposto de Renda?
A defasagem da tabela do IR é um dos principais desafios do sistema tributário brasileiro.
Desde 2015, a correção não acompanhou a inflação, fazendo com que milhões de trabalhadores que antes eram isentos passassem a pagar imposto.
Com a nova proposta, o governo pretende:
- Corrigir a defasagem de mais de 130% acumulada desde o último reajuste integral;
- Aumentar a progressividade, fazendo com que quem ganha mais contribua proporcionalmente mais;
- Estimular o consumo interno, ao liberar parte da renda da base tributária;
- Ampliar a arrecadação sobre lucros e dividendos, equilibrando a carga entre capital e trabalho.
Como as mudanças afetam o seu bolso?
A elevação da faixa de isenção e o reajuste das alíquotas trarão impacto direto no orçamento mensal dos brasileiros.
Veja alguns exemplos práticos:
- Um trabalhador que recebe R$ 4.800,00 deixará de pagar imposto;
- Quem ganha R$ 6.000,00 pagará cerca de R$ 75,00 a menos por mês;
- Um profissional com renda de R$ 10.000,00 terá redução média de 8% na alíquota efetiva;
- Já quem recebe acima de R$ 15.000,00 deve ter aumento de contribuição, devido à redistribuição das faixas superiores.
As mudanças tendem a beneficiar a classe média e trabalhadores formais, ao mesmo tempo em que elevam a contribuição dos rendimentos mais altos.
Impactos para MEIs e pequenos empreendedores
O MEI não paga Imposto de Renda sobre o faturamento, mas o novo modelo pode impactar empreendedores que ultrapassam o teto de enquadramento ou que complementam a renda com outras fontes.
Além disso, a ampliação da isenção deve:
- Aumentar o poder de compra de clientes e consumidores de micro e pequenas empresas;
- Influenciar positivamente a demanda por produtos e serviços;
- Ajustar o cálculo de retenções na folha de funcionários contratados.
As mudanças têm como meta modernizar a arrecadação e aumentar a transparência fiscal, reduzindo brechas e simplificando o processo para pessoas físicas e jurídicas.
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