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Gerenciando colaboradores resistentes às mudanças no trabalho

Diversos elementos podem provocar mudanças em uma organização. Cenário econômico desfavorável, avanços da tecnologia e o mercado competitivo são apenas alguns exemplos de fatores que podem resultar em transformações na estratégia da empresa, na cultura organizacional, na missão e nos processos, por exemplo.
 
Mesmo que as mudanças visem alcançar melhoria nos resultados, muitas vezes, elas não são encaradas como algo positivo por alguns colaboradores. Por que isso acontece?

Para a coach e professora de MBA da Fundação Getúlio Vargas, Daniela do Lago, essa resistência pode ser consequência de sentimentos como o medo de perder o trabalho. "É uma forma de comportamento que pode ser encontrada tanto em funcionários mais jovens, como em mais experientes. A pessoa tem medo de perder a atividade que estava acostumada a fazer", explica.

Segundo a especialista, existem dois pontos chaves a que a empresa precisa estar atenta para conseguir gerenciar colaboradores resistentes a mudanças. São eles:

1. Comunicação
A comunicação deve ser clara, aberta, honesta e simples, destaca ela. "O funcionário pode ficar angustiado e apreensivo quando não há uma comunicação eficiente". Portanto, é essencial que a organização informe à equipe quais são as mudanças que irão acontecer, o que ela espera dos funcionários, os propósitos e o destino dos negócios. "Fica mais legal jogar qualquer esporte quando nós entendemos as regras e isso vale para o mundo corporativo."

De acordo com a pesquisa Prosci de Melhores Práticas em Gestão de Mudanças 2016, a comunicação eficiente é um dos fatores fundamentais para o sucesso do gerenciamento de mudanças em uma empresa

2. Feedbacks
Ao perceber que um ou mais colaboradores não estão de acordo com a mudança proposta, é importante que a organização tente checar o que está ocorrendo. "A dica é que o gestor converse individualmente com a pessoa para ouvi-la e saber o que está acontecendo. De repente, ela está pontuando algo relevante para o processo", explica.

Para Daniela, um colaborador resistente às mudanças é como 'uma roda presa' e pode influenciar negativamente no desempenho da companhia. No entanto, a demissão nunca é a primeira alternativa: "o feedback pode auxiliar a reverter esse cenário, pois, em alguns, casos, a pessoa apenas não entendeu perfeitamente o que foi comunicado."

Via de mão dupla
A especialista destaca ainda que a relação entre a empresa e o colaborador é sinônimo de troca. Portanto, ao mesmo tempo em que a companhia deve comunicar com clareza e obter feedbacks, o profissional precisa abraçar as decisões. "Em vez de enxergar como algo negativo, ele deve encarar como uma oportunidade para aprender e sair da rotina."

 

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