A exportação brasileira representa uma importante fatia da economia nacional, tendo crescido consideravelmente nas últimas duas décadas. Graças ao bom desempenho do setor, a presença nacional no exterior se ampliou, tornando o Brasil mais relevante no comércio mundial.
Entenda como isso se deu em números e saber o que impulsionou esse aumento.
Como se comportou a exportação brasileira nos últimos 20 anos?
Para começar, a quantidade de organizações exportadoras passou de 15.807 para 25,4 mil, o que representa um aumento de 60%. Isso significa maior presença do produto nacional no mercado externo.
Em 2017, por exemplo, a comercialização de produtos no exterior cresceu 17,5%, sendo maior que a média mundial. Também houve aumento na participação brasileira nas vendas de nível global, passando de 1,16% (2016) para 1,23% (2017). Esses dados foram divulgados pela Agência Brasil com base no relatório “Trade and Statistics Outlook”, da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Quais foram os principais fatores que influenciaram esse crescimento?
O primeiro grande fator é a participação das commodities. Esses são produtos de atributos e qualidade homogêneas, não diferenciadas segundo quem produziu ou de acordo com sua origem. O preço delas é estabelecido de maneira uniforme pela oferta e demanda internacional. Eles representam 65% das exportações brasileiras, conforme o relatório State of Commodity Dependence 2014, da United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD).
Nesse grupo, a soja é um dos produtos mais exportados, correspondendo a 16% do total exportado pelo país no primeiro semestre de 2018. Se adicionarmos minério de ferro e petróleo, o percentual dos três chega a 33%. Os dados são do Indicador de Comércio Exterior (ICOMEX), de julho de 2018, feito pela FGV IBRE.
Como isso afeta a economia brasileira?
Balança comercial
O crescimento da exportação contribui para uma balança comercial favorável, quando o volume financeiro comercializado no exterior é maior do que a importação de produto. Nesse caso, há a atração de moeda estrangeira para o Brasil e geração de emprego dentro do país — para trabalhar nas companhias que exportam e, indiretamente, em seus fornecedores.
Quando a balança comercial é desfavorável (há mais importação do que exportação), o cenário econômico traz desvantagem. Significa que há menos moeda estrangeira no país e maior saída de capital. Contudo, vale uma curiosidade: em 2017, a balança comercial brasileira foi positiva, tendo registrado US$ 67 bilhões — o melhor resultado em 27 anos.
Empresas exportadoras
O crescimento de 60% na quantidade de empresas que exportam é outro fator que contribui para o bom resultado no segmento, uma vez que há mais agentes vendendo no mercado internacional. Também existe um potencial maior de diversificação nas mercadorias comercializadas.
As exportações brasileiras têm um papel importante na geração de emprego, na captação de moeda estrangeira e no fortalecimento da economia nacional. Quando se encontram em alta, pode-se dizer que o país está se tornando mais competitivo internacionalmente.
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