Busca
Agronegócio Empreendedorismo

Entenda a importância de ter um Conselho na sua empresa

Foto: Shutterstock

O conselho é uma obrigação legal para algumas empresas. Há casos de conselhos em que o CEO está presente em todas as reuniões, enquanto outros não têm qualquer poder dentro da empresa. Esses órgãos, no entanto, são partes vitais nas boas práticas de governança.

O assunto foi tema de debate no 17º Congresso IBGC de Governança Corporativa, realizado em São Paulo, onde a discussão sobre aparência e essência era central. A seguir, descubra por que vale a pena considerar implantar um conselho eficiente na sua empresa:

ENTENDENDO O CONSELHO

O papel do conselho é promover discussões que ajudem na tomada de decisões de uma empresa. Como afirmou Fábio C. Barbosa, sócio-conselheiro do Gávea Investimentos, “conselheiro não é gestor, ele assegura a governança. Ele baliza o CEO, que é quem executa aquilo que foi pensado”, falou.

É por isso que um conselho deve ser diverso, e não afiliado a nenhum interesse específico que não o crescimento responsável da empresa. É função do conselho preparar a empresa para possíveis mudanças no futuro e auxiliar o planejamento estratégico da empresa. Além disso, é também uma forma de descentralização de poder – razão da necessidade destes membros terem liberdade de propor ideias ao management.

A essência do conselho é criar longevidade, ou seja, pensar a empresa num prazo mais longo do que o período de tempo com que lida a administração no cotidiano. Um bom conselho significa uma empresa mais bem preparada e com as práticas de governança mais atualizadas ao mercado moderno e suas constantes mudanças.

AS PESSOAS DO CONSELHO Para não virar apenas uma formalidade de cumprimento de tabela, é preciso ter muita atenção na escolha dos componentes do conselho. Conselhos são compostos de pessoas e suas individualidades, por isso, deve-se levar em consideração não apenas números como a quantidade de conselheiros independentes. É preciso pensar nas subjetividades pessoais de cada um.

Para cumprir com eficiência o seu papel, a diversidade é uma característica essencial. Isso significa diversidade de experiências de vida, formação, gênero, raça e idade, entre outras. Barbosa admitiu achar assustadora a ideia de um conselho coeso e ainda brincou: 'como são inteligentes as pessoas que pensam como a gente'. Mas essa não é a utilidade de um conselho. O órgão deve ser capaz de questionar, debater e discordar sobre ideias. Só assim é possível obter a visão ampla da realidade necessária para que uma boa decisão seja tomada.

Simon C. Y. Wong, conselheiro independente de governança, investimentos e capital de mercado, propôs que um conselho deve conter uma diversidade de tipos psicológicos. Para ele, essas três personalidades são essenciais:

1. Alguém que se importa com detalhes: aquele que vai ler toda a papelada atentamente só porque ele gosta de entender as coisas, de saber dos detalhes.

2. Alguém que é naturalmente questionador: uma daquelas pessoas que não aceita novas informações sem antes desafiá-las. Não porque estão tentando ser uma pessoa difícil de se lidar, mas por encarar as coisas com um olhar bem analítico.

3. Alguém que sumarize a discussão: algumas pessoas são muito boas em sintetizar, por isso, são capazes de reunir o que foi discutido e sumarizar os pontos em que o conselho concorda e quais precisam de mais discussão.

Além dessas três personalidades, é importante que o conselho seja composto por outras pessoas com formações e perspectivas variadas que sejam capazes de adicionar à discussão.

Leia também:
» Todas as dicas para ajudar o seu negócio a crescer

Post ID: | Current Page ID: 4004

Continue lendo

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência de navegação, memorizar suas preferências e personalizar o conteúdo publicitário de acordo com seus interesses. Veja mais detalhes em nossa Política de Privacidade.