O empreendedorismo brasileiro vem crescendo e se desenvolvendo cada vez mais ao longo dos anos. Num cenário de instabilidade econômica promovida pela pandemia da Covid-19, vemos um grande número de novos MEIs (microempreendedores individuais) e profissionais autônomos, que apostam no próprio negócio como fonte de renda.
Quando falamos de Brasil, onde 54% da população é negra, o afroempreendedorismo se trata de um tema importante. São perfis de empreendedores por vocação, necessidade e/ou engajamento, que buscam empreender com soluções que principalmente atendem às especificidades de consumo da população negra, dentre os mais diversos nichos de atuação.
As iniciativas são diversas, principalmente quando falamos de inovação e criatividade. Se você quer saber mais sobre o tema, acompanhe conosco e fique por dentro das principais iniciativas, projetos e programas que visam fomentar ainda mais o afroempreendedorismo brasileiro!
O que é o Afroempreendedorismo?
Em poucas palavras, o termo afroempreendedorismo designa um fenômeno, estratégia e/ou ação empreendedora realizados por negras e negros.
São negras e negros que desenvolvem quaisquer atividades empresariais, criativas e inovadoras.
Ou seja, o afroempreendedor não é somente aquele que trabalha no mercado estritamente afro - não há aqui uma restrição quanto aos grupos de consumidores/clientes.
Segundo pesquisa recente realizada pela RD Station, Inventivos e o Movimento Black Money o afroempreendedorismo movimenta cerca de R$ 1,73 trilhão por ano no país.
Conseguimos ter um panorama do cenário afroempreendedor a partir das amostras da pesquisa. A amostra contou com 1.016 pessoas, sendo 61,5% mulheres cis, frente 36,4% homens cis. Nesse recorte preponderante de mulheres, a grande maioria está ligada à indústria de cuidados, comunicação e alimento.
Outros dados nos revelam também uma grande maioria de jovens empreendedores, onde 68,25% dos entrevistados têm entre 25 e 44 anos.
De acordo com outros dados do estudo, dentre as principais dificuldades do afroempreendedor estão o acesso ao crédito e o preconceito racial, juntamente com a monetização e as estratégias digitais, que são obstáculos para a manutenção e escala dos negócios a longo prazo.
As 10 principais indústrias do afroempreendedorismo levantadas na pesquisa foram:
- saúde e estética (14,3%);
- e-commerce (10,4%);
- varejo (10,4%);
- marketing e publicidade (8,4%);
- consultoria e treinamentos (8,3%);
- ensino e educação (7,3%);
- alimentação (7%);
- mídia e comunicação (6,7%);
- financeiro, jurídico e serviços relacionados (5,6%);
- eventos (5,4%).
Iniciativas de afroempreendedorismo no Brasil
São diversas as iniciativas de afroempreendedorismo que estão ganhando destaque e visibilidade com foco no desenvolvimento e sucesso de empreendedores negras e negros em nosso país.
Trouxemos aqui alguns dos principais projetos brasileiros voltados ao fomento e crescimento do ecossistema afroempreendedor. Confira com a gente!
REAFRO
A REAFRO é a Rede Brasil Afroempreendedor, uma associação sem fins lucrativos que tem a missão de fortalecer o afroempreendedorismo por meio da educação empreendedora.
O programa tem como propósito gerar apoio para que afroempreendedores e afroempreendedoras se desenvolvam, alcancem todo o potencial necessário e passem a ganhar ainda mais destaque no mercado, com iniciativas que contemplam mentorias e outros temas voltados ao Planejamento de Negócios.
Movimento Black Money
O Movimento Black Money é um hub de inovação para inserção e autonomia da comunidade negra na era digital junto a transformação do ecossistema empreendedor negro, com foco em comunicação, educação e geração de negócios pretos.
Tem como diferencial o fomento do letramento identitário e do mindset de inovação ao ecossistema afroempreendedor, estimulando o espírito inovador de empreendedores e jovens negros para a criação de diferenciais competitivos no mercado.
Pretahub
A pretahub é um Hub de criatividade, inventividade e tendências pretas. É o resultado de dezoito anos de atividades do Instituto Feira Preta no trabalho de mapeamento, capacitação técnica e criativa, aceleradora e incubadora do empreendedorismo negro no Brasil.
A pretahub compreende, portanto, a Feira Preta - inclusão de empreendedoras e empreendedores negros em um ecossistema empreendedor, assim como o Afrohub, programa de aceleração com foco em conteúdos voltados para o processo de digitalização dos negócios, que já capacitou mais de 4 mil afroempreendedores em todo o país.
Clube da Preta
O Clube da Preta nasceu em 2015 e se trata de uma rede de produtores e prestadores de serviço afro-brasileiros.
Funciona por meio de uma plataforma digital no modelo de assinatura que conecta clientes engajados em causas sociais a empreendedores de todo o país. A grande maioria dos produtos são feitos por nano e microempreendedores.
Coletivo Meninas Mahin
O Coletivo Meninas Mahin teve seu nascimento em 2016 com a primeira edição da FEIRA AFRO MENINAS MAHIN, que tem como objetivo fomentar o empreendedorismo da mulher preta e contribuir no combate às desigualdades raciais.
O diferencial do coletivo, é ir além do espaço de feira, onde cada empreendedora divulga e vende seus produtos, mas também oferecer espaço de diálogos, oficinas, cursos e valorização do processo criativo e da produção artesanal de produtos com representatividade.
Dentre as atividades afirmativas que são promovidas nas feiras, estão as artesanais, artísticas, esportivas, musicais, literária, oficinas, ações de cidadania, entre outras.
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