Tendência mundial, o uso de home office tem crescido no Brasil. Segundo uma pesquisa da empresa de recrutamento Robert Half, 44% dos diretores de RH no país afirmam ter aderido à prática entre 2013 e 2015. No cenário internacional, o índice é de 29%.
Estudos e especialistas apontam diversos benefícios em adotar o método, como:
1. Redução de custos
O home office é capaz de provocar uma economia de, em média, 11 mil dólares por ano por funcionário, segundo cálculo da consultoria americana Global Workplace Analytics.
2. Atração e retenção de talentos
A Geração Y ou do Milênio está buscando cada vez mais trabalhar numa organização que ofereça horários flexíveis. O estudo global da consultoria PwC apontou que 64% dos integrantes dessa geração escolheriam trabalhar em casa.
3. Aumento da produtividade
De acordo com a consultoria americana Global Workplace Analytics, em média, há um aumento de 20% da produtividade do colaborador que faz parte de programas de home office.
4. Qualidade de vida dos colaboradores
Quem não gostaria de passar menos tempo dentro do carro no trânsito e mais com a família?
Além dos benefícios apresentados acima, o home office se tornou uma modalidade que, em momentos como o da rápida propagação do novo coronovírus no Brasil, deve ser adotada com urgência pela empresas -- por questão de saúde pública e também para garantir o bem-estar físico e psicológico de funcionários e empregadores.
Como fazer na prática
Pensando em ajudar o empreendedor e seus colaboradores a implementar um programa de home office em sua empresa com sucesso, preparamos um guia com os passos indicados pelo especialista na área e autor do livro Trabalho Portátil, André Brik. Confira:
1. Diagnóstico
Analisar aspectos legais, necessidades e objetivos do programa de home office em sua empresa.
2. Selecionar participantes
A dica é selecionar as pessoas que tenham o perfil de trabalhar em home office ou que desejam participar do programa. Apesar disso, Brik afirma que não há um perfil muito bem definido: "quem trabalha bem na empresa trabalha bem em qualquer lugar".
3. Analisar os ambientes de trabalho remoto
Muitas empresas realizam treinamentos ou palestras com a família do colaborador, a fim de que as dinâmicas do trabalho e da casa não sejam afetadas.
4. Analisar o perfil dos gestores
Todos os seus gestores saberiam lidar com um programa de home office em suas equipes?
5. Implementar as ferramentas de gestão e comunicação remota
Diversas ferramentas são adotadas a fim de tentar evitar que o funcionário realize horas extras. Celulares e computadores que não funcionam fora do horário do expediente são exemplos.
6. Planejar características do programa
Como será feita a gestão das equipes? Como será realizada a comunicação entre os integrantes e com que frequência?
7. Redação de documentos
Segundo Brik, muitas empresas redigem manuais com as diretrizes do programa. É importante que elas estejam registradas.
8. Capacitação e engajamento dos envolvidos
Reflita sobre como a empresa pretende continuar capacitando e promovendo o engajamento dos participantes do programa.
9. Lançamento do programa e ajustes
De acordo com o especialista, o ideal é começar com um programa piloto. Em momentos como o da atual pandemia de coronavírus, é importante ter agilidade para iniciar o programa o quanto antes.
10. Avaliação
'É importante estar ciente de que a avaliação de resultados, por exemplo, deverá ser focada no resultado e não no processo do colaborador." André Brik alerta para pontos de atenção na adoção de um programa de home office: "é importante que o funcionário tenha a colaboração da família e muita disciplina para saber controlar as distrações ao trabalhar em casa".
Veja também: 5 dicas para gerenciar uma equipe em home office.
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