Segundo um estudo divulgado pela The Software Alliance (BSA), 46% dos programas instalados no Brasil não são licenciados. Esse dado é preocupante, uma vez que isso aumenta significativamente a vulnerabilidade do usuário e do negócio ao ataque de vírus e hackers.
Apesar de ser um debate antigo, boa parte do empresariado brasileiro ainda subestima o perigo do produto pirateado e adia a aquisição de uma licença de software.
Pensando nisso, preparamos este artigo para apresentar as principais informações sobre o licenciamento de software e a importância desse investimento para o seu negócio.
O que é uma licença de software?
A licença de software é um registro ou documento que determina a condição de uso de um produto. Ele pode restringir, por exemplo, o uso do som, da imagem, de cópia, de distribuição e de alteração no código do software.
O rigor da restrição imposta pela licença depende da categoria à qual ela pertence. Ou seja, há algumas mais restritivas e outras que dão maior liberdade ao usuário. Essa variação é o que causa dúvida na mente do empresário, gerando certa confusão na hora de decidir qual licenciamento adotar.
Então vamos explicar a seguir como funcionam os principais tipos de licença disponíveis no mercado.
Quais são as opções de licenciamento disponíveis?
Licença perpétua
Esse tipo de licenciamento de software é muito usado por grandes corporações, como IBM e Microsoft, sendo o mais tradicional.
No modelo de aquisição perpétua, o software é tido como um ativo, ou seja, a empresa que o adquire tem o direito de uso do produto para sempre. Isso, porém, não engloba o serviço adicional de manutenção e atualização, por exemplo.
Licença de uso
Com a licença de uso, o usuário tem o direito de instalar o programa em uma única máquina por tempo indeterminado, e também conta com o serviço de atualização. No entanto, não inclui a manutenção do programa.
Por ser uma licença de uso, o usuário não pode transferir o software para outra pessoa, nem comercializá-lo.
Open Source
Esse tipo de licenciamento permite a personalização e alteração do software conforme a necessidade do usuário ou da empresa. Apesar de não haver custo com o desenvolvimento do programa, haverá taxa de manutenção para a hospedagem do serviço. O desenvolvedor também pode definir alguma restrição de uso.
SaaS (Software as a Service)
O SaaS é usado em aplicações hospedadas na nuvem. A empresa paga uma assinatura mensal, como se fosse um serviço. Assim, a licença é para a utilização do software, e não pela aquisição do programa em si.
O software fica instalado no servidor do fornecedor, e o serviço pode ser acessado via browser, ou navegador da internet. Por esse motivo, toda atualização ou manutenção fica por conta do fornecedor.
On-premise
A diferença entre o on-premise e o SaaS é que, no on-premise, o software fica instalado na infraestrutura de TI da própria empresa. Por isso, a equipe de TI interna será responsável pela segurança dos dados e pela resolução de qualquer eventual falha.
Existem outros tipos de licenciamento, por isso a empresa deve analisar todas as opções a fim de encontrar o mais adequado à sua demanda.
Por que é importante ter um software licenciado?
Apesar de o software licenciado ser mais caro que um pirateado, o uso do programa ilegal pode trazer muita dor de cabeça para a empresa. Por exemplo:
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a prática de pirataria é classificada como apropriação indevida e pode gerar problema com a justiça — como multa, processo criminal, parada operacional e até apreensão;
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risco à segurança das informações do cliente e do negócio, deixando a empresa vulnerável a alguma fraude cibernética;
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queda no desempenho da aplicação, como travamento e lentidão.
Quando a empresa investe na licença de software, ela garante maior eficiência operacional e reduz o risco de vazamento e perda de dados. Isso se traduz em um resultado comercial muito mais positivo.