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Agronegócio Geral

Escala 6x1: Como funciona e tudo o que você precisa saber

A imagem apresenta dois funcionários de uma farmácia. Os funcionários são uma mulher e um homem, ambos estão atrás de um balcão com dois computadores e medicamentos ao fundo.

Utilizada principalmente no comércio brasileiro, a escala 6x1 é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Neste modelo, o empregado deve trabalhar durante seis dias consecutivos e ter direito a um dia de descanso semanal remunerado.  

De fato, existem diversas dúvidas ligadas ao funcionamento deste tipo de jornada, que foi criada para atender às necessidades de setores que se mantêm em funcionamento todos os dias da semana.  

No entanto, novas discussões no Senado podem alterar essa estrutura, criando dois dias de folga por semana, o que pode impactar diretamente a rotina de empresas e empreendedores.

A seguir, entenda como a escala 6x1 funciona hoje, o que diz a legislação e quais são as possíveis mudanças em debate.

O que é escala 6x1?  

A escala 6x1 é um regime em que o funcionário deve trabalhar por 6 dias seguidos e, posteriormente, ter um dia de folga. Sendo assim, o número “6” corresponde aos dias trabalhados, enquanto o “1” representa a folga semanal.

O objetivo dessa confuguração é garantir que setores que precisam operar continuamente, como comércio, serviços e indústia, mantenham suas atividades sem interrupção, respeitando o descanso mínimo previsto por lei.

Empresas que organizam bem esse modelo conseguem manter a operação ativa e, ao mesmo tempo, evitar sobrecarga e passivos trabalhistas.

Como funciona a escala 6x1?  

Neste modelo, o empregador pode escolher o primeiro dia de trabalho previamente de acordo com suas necessidades. Isso significa que a jornada pode ser iniciada em qualquer dia da semana e nem sempre a folga do empregado será aos domingos.  

Se o funcionário começar sua jornada em uma quarta-feira, por exemplo, seu descanso será na próxima terça-feira (sétimo dia consecutivo).  

Para que este tipo de jornada funcione, a organização por parte da empresa é imprescindível, tanto para garantir que haja um número suficiente de profissionais para cada dia da semana quanto para respeitar os direitos de cada funcionário.

Além disso, vale destacar que uma boa gestão de escalas ajuda a reduzir ausências inesperadas e a manter a produtividade constante ao longo do mês.

O que a lei diz sobre a escala 6x1? 

Como informamos anteriormente, a escala 6x1 é permitida de acordo com a CLT, com uma série de regras a serem seguidas por ambas as partes envolvidas. Veja a seguir quais são os principais pontos de atenção. 

Jornada de trabalho  

  • A jornada de trabalho deve somar 44 horas semanais, não ultrapassando 8 horas diárias.  

  • Categorias como hotéis, serviços de emergência, hospitais e lojas de varejo têm autorização para operar durante 24 horas por dia, desde que cumpram todas as regulamentações trabalhistas relacionadas;  

  • É necessário criar uma escala de revezamento, já que a lei determina que o empregado deve folgar ao menos um domingo por mês; 

  • O artigo 71 da CLT determina que quando uma jornada de trabalho ultrapassa 6 horas diárias, o funcionário tem direito a um descanso de no mínimo 1 hora e no máximo 2 horas.

Além disso, acordos e convenções coletivas podem definir condições específicas com suas devidas compensações, desde que respeitem os direitos mínimos assegurados pela lei.

Com o avanço de novas modalidades de trabalho, como o teletrabalho e os modelos híbridos, algumas empresas têm buscado formas mais flexíveis de gestão de jornada, sem perder de vista as regras de descanso e remuneração.

Domingos, feriados e folgas 

  • Na escala 6x1, o funcionário tem direito ao Descanso Semanal Remunerado (DSR). Sendo assim, nos dias de folga, deve receber normalmente pelo seu serviço; 

  • No caso de trabalho aos domingos, o empregado deve receber um adicional de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora;  

  • Já no caso de feriados, o empregador pode optar por conceder um dia de folga ou pelo pagamento em dobro; 

  • Caso o colaborador trabalhe no feriado, a folga deve ser compensada na mesma semana. Caso contrário, as horas trabalhadas devem ser pagas em dobro.  

Vale ressaltar que a Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) trouxe acordos e convenções coletivas que podem prevalecer sobre a CLT. Uma das mudanças mais significativas foi sobre o banco de horas, que passou a poder ser utilizado para compensar horas extras de trabalho. Sendo assim, é importante verificar se existem particularidades específicas para a sua categoria. 

Como montar uma escala de trabalho 6x1?  

No momento de montar uma escala de trabalho 6x1, é importante balancear duas coisas: as necessidades da empresa e as preferências do funcionário. Dessa forma, além de manter tudo em ordem para o andamento de tarefas, você constrói um ambiente de trabalho mais agradável e flexível, fortalecendo o engajamento e a produtividade.  

Lembre-se de que os funcionários devem fazer, no máximo, 44 horas semanais. Sendo assim, confira dois exemplos que podem fazer sentido para montar sua escala:  

  1. Estabelecer a programação de 7 horas e 20 minutos de trabalho durante os 6 dias; 

  1. Propor que o funcionário trabalhe durante 8 horas de segunda a sexta-feira e, no sábado, apenas 4 horas.

Independentemente do formato, o ideal é revisar periodicamente a escala para garantir que não haja excesso de carga nem descompasso entre setores.

Ferramentas de gestão e planilhas automatizadas podem auxiliar no controle de horários, evitar sobreposição de turnos e ajudar o gestor a manter a empresa em conformidade com a legislação.

Atualizaçoes do projeto de lei: o que está em discussão?

Em outubro de 2025, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal iniciou a discussão de uma proposta de mudança na escala 6x1.

O projeto pautado originalmente pela deputada federal Erika Hilton (PSOL) previa o fim da jornada de seis dias consecutivos de trabalho, estabelecendo dois dias de descanso semanal, de modo que o salário e os benefícios dos trabalhadores continuassem os mesmos.

Na época de sua proposição, o texto já havia conquistado o apoio necessário para ser formamente apresentado. Porém, eram necessárias, no mínimo, 171 assinaturas para que a pauta seguisse em tramitação na Câmara dos Deputados.

Com o início das novas deliberações na CCJ do Senado, reascende a possibilidade de êxito dessa matéria legislativa, o que com certeza fará com que as discussões acerca dela voltem ao debate público.

Apesar das incertezas quanto a sua aprovação, já existe preocupação sob o impacto financeiro para as empresas, especialmente em setores que funcionam continuamente, como comércio, serviços e indústrias.

A escala 6x1 vai acabar?  

Como já mencionado, no momento, a proposta ainda está em tramitação e não há mudanças efetivas na legislação. Por isso, os empregadores ainda devem continuar seguindo as regras atuais da CLT.

Entre os argumentos favoráveis à proposta estão o maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal, a melhoria na saúde mental e na produtividade dos trabalhadores, além da redução de faltas ou ausências recorrentes, seja por doença, desmotivação, problemas pessoais ou questões organizacionais (como sobrecarga, clima ruim ou gestão ineficiente).

Já os contrários destacam que a medida pode elevar os custos trabalhistas, exigir novas contratações e impactar especialmente os negócios de menor porte e setores que operam de forma contínua.

De qualquer forma, acompanhar essas atualizações é fundamental para que seu negócio se prepare antecipadamente para possíveis ajustes futuros na jornada de trabalho.

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