Em 2017, as multinacionais brasileiras alcançaram um índice de internacionalização superior a 24%, de acordo com estudo realizado pela Fundação Dom Cabral (FDC). A pesquisa revela que as companhias seguem investindo no mercado exterior a mesma média observada desde 2015. É prova de que a trajetória de internacionalização da empresa brasileira é bem-sucedida.
Mesmo em um cenário de crise econômica, as multinacionais mantiveram investimentos internacionais no mesmo ritmo. Mais da metade dessas empresas planeja entrar em um novo mercado até 2019. Os principais destinos estão na América do Sul e Europa.
Neste artigo, vamos destacar a experiência de internacionalização de 5 empresas brasileiras. Confira!
Fitesa
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Sede: Gravataí/RS.
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Área de atuação: fabricação de não tecidos, usados na produção de descartáveis higiênicos (fralda, absorvente higiênico), descartáveis médicos e produtos duráveis.
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Países em que atua: Brasil, Estados Unidos, México, Peru, China, Itália, Alemanha, Suécia e Emirados Árabes.
A Fitesa iniciou seu processo de internacionalização em 2009, instalando-se simultaneamente em dois países: Estados Unidos e México, por meio da joint venture com a Fiberweb. Desde então, não parou mais de investir na expansão.
Hoje, cerca de 73% do faturamento da Fitesa vem de subsidiárias no exterior. Desde 2014, lidera o ranking FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras.
Odebrecht
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Sede: São Paulo/SP.
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Áreas de atuação: engenharia e construção, imobiliária, infraestrutura, energia, petroquímica e sucroenergética.
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Países com operações: Brasil, Argentina, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Panamá, República Dominicana, México, Estados Unidos, Alemanha, Gana, Angola e Emirados Árabes.
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Países com estruturas administrativas: Chile, Bolívia, Guatemala, Cuba, Luxemburgo, Holanda, Áustria, Portugal, Espanha, Moçambique, África do Sul e Cingapura.
Segunda colocada no ranking FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras, a Odebrecht iniciou o processo de internacionalização com a abertura de uma subsidiária no Peru, em 1979. No relatório mais recente da FDC, a Odebrecht aparece como a instituição com o maior índice de receita no exterior.
Stefanini
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Sede: Jaguariúna/SP.
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Áreas de atuação: Tecnologia da Informação e Comunicação (TI&C).
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Países em que atua: Brasil, Argentina, Bélgica, Canadá, Austrália, Filipinas, Chile, Colômbia, Estados Unidos, China, Inglaterra, Índia, México, Panamá, Peru, Tailândia, Cingapura, Portugal, Venezuela, Malásia e outros 20 países.
Fundada em 1987, a Stefanini conta atualmente com 70 escritórios instalados em 40 países. Sua trajetória de internacionalização foi iniciada em 1996, pela Argentina. No relatório da FDC, a companhia lidera o ranking das empresas com presença no maior número de nações.
Braskem
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Sede: Camaçari/BA.
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Área de atuação: indústria química.
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Países em que está presente: Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia, México, Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Cingapura.
O processo de internacionalização da Braskem foi iniciado em 2005, pela Argentina. Atualmente, a multinacional tem operação e escritório em 10 países, mas atende clientes em mais de 70 nações.
A partir do processo de expansão internacional e com apoio dos investimentos em inovação, a companhiase tornou a maior fabricante de resina termoplástica das Américas, e a maior produtora de polipropileno dos Estados Unidos.
Localiza
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Sede: Belo Horizonte/MG.
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Área de atuação: aluguel de veículo.
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Países em que atua por meio de franchising: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai.
A Localiza é a empresa do ramo de franquia com maior nível de internacionalização do país, segundo a FDC. Sua primeira franquia foi aberta em 1992, na Argentina, dando início à expansão na América Latina. Atualmente, a rede conta com 583 agências, sendo 188 franquias (127 no Brasil e 61 nas nações vizinhas).
Trajetórias de Internacionalização das Empresas Brasileiras
A pesquisa Trajetórias de Internacionalização das Empresas Brasileiras é realizada desde 2006 pela FDC. Para elaborar o levantamento, é feito o acompanhamento das organizações que atuam no exterior.
No relatório de 2018, participaram 69 companhias. O resultado é apresentado por meio de rankings e análises de cenário. Nesta edição, destacam-se os dados sobre o efeito da crise econômica sobre os investimentos.
O estudo aponta que 37,5% das empresas ampliaram investimento no mercado internacional, mantendo a estratégia no mercado doméstico. Mais de 28% das companhias relataram que investiram tanto no mercado interno quanto no externo.
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