Se você ainda pensa em uma empresa como organização hierárquica, precisa atualizar seu conceito. À medida que a sociedade muda e a tecnologia avança, o mundo corporativo também se desenvolve. Nesse contexto, surgem novos modelos de trabalho.
A renovação contínua é uma exigência para quem não quer ficar para trás. Elaboramos este artigo para mostrar as mudanças que têm impactado o mercado, além de descrever o perfil do profissional do futuro. Boa leitura!
Quais mudanças estão impactando o mercado?
De um ponto de vista global, é possível afirmar que a automação afetou positivamente o profissional, reduzindo a precarização e melhorando sua condição de trabalho.
Houve também a eliminação de padrões até então consolidados. Entre as mudanças importantes, podemos destacar:
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esgotou-se o ideal profissional (amplamente difundido há gerações) de encontrar uma boa ocupação e permanecer nela por toda a vida. O freelancer será mais comum que o colaborador efetivo;
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a atitude e a competência são mais importantes do que um título formal;
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a crise de talentos gera uma dupla tendência: elevação no ganho do profissional requisitado e queda no salário de quem é menos qualificado;
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as redes sociais viraram uma ferramenta essencial de recrutamento;
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o “gestor analógico” está em declínio e tudo indica que vai desaparecer em breve.
O que se espera do profissional do futuro?
Existe uma enorme variedade de habilidades desejáveis, de acordo com o segmento de atuação e o ambiente no qual cada empresa se insere. Mas alguns elementos são desejados por toda organização. Veja a seguir!
Versatilidade
Os novos modelos de trabalho incentivam o profissional a estar em constante mudança, sempre se adaptando a uma função, necessidade ou desafio diferente. Desse modo, é preciso ser versátil e capaz de articular competências diversas.
Visão estratégica
Toda ação na empresa deve ser realizada visando a um objetivo concreto. O colaborador deve ser capaz de intervir criativa e estrategicamente em qualquer processo relativo à sua atividade.
Quais são os novos modelos de trabalho?
As organizações vêm rompendo com o modelo verticalizado. À medida que a estrutura hierárquica se desfaz, surgem novos modelos de trabalho. Veja a seguir alguns exemplos.
Holocracia
Na holocracia, os colaboradores são divididos em “círculos” autônomos, que integram uma unidade maior. Cada nível funciona de maneira democrática e aberta. A pessoa desempenha um papel específico para atingir a meta estabelecida.
BYOD
BYOD é a sigla para 'bring your own device', ou 'traga o seu próprio dispositivo' em tradução livre. Trata-se de uma metodologia emergente. Ela sugere que o profissional leve ao escritório o seu próprio recurso eletrônico (laptop, smartphone ou tablet), a fim de utilizar a tecnologia com a qual já está habituado.
Trabalho remoto
Uma das principais características desse modelo, também conhecido como home office, é a flexibilidade que oferece ao colaborador. Ele pode compor o calendário de atividade de acordo com sua disponibilidade, ficando livre da rigidez de um horário estrito.
ROWE
A sigla significa 'results only work environment' ou 'ambiente de trabalho orientado a resultado' em tradução livre. A metodologia se refere principalmente à mensuração do desempenho de cada profissional. A base utilizada é o resultado obtido, e não o tempo gasto.
Qual é o impacto dos novos modelos de trabalho para a gestão?
A transformação de um grande volume de dados em informações úteis e prontamente acionáveis passa a fazer parte da estruturação da gestão. Por isso, o líder corporativo deve desenvolver proficiência em Cloud Computing, Big Data e Machine Learning.
Veja os principais impactos de curto prazo:
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o gerenciamento de RH será realizado por meio do Big Data e da Inteligência Artificial (IA);
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a organização será composta por profissionais cujo principal ativo é o conhecimento pessoal;
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os novos modelos de trabalho serão caracterizados pela mobilidade do colaborador, que está cercado por tecnologia capaz de auxiliar na busca por resultado.