O corporate venture é uma forma de empreendedorismo corporativo, aplicada por quem quer dinamizar o processo de inovação. Geralmente, o negócio entra em conexão direta com uma startup para captar uma nova tecnologia ou modelo de negócio.
Se você ficou interessado no assunto, continue conosco e descubra por que tantas organizações estão apostando nesse conceito. Boa leitura!
O que é corporate venture?
É um modelo de inovação híbrido que combina a ação de pesquisa de uma empresa com o que há de melhor no mercado. O objetivo pode ser:
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explorar uma nova tecnologia, ideia, oportunidade ou estratégia;
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aperfeiçoar a cultura corporativa;
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desenvolver uma marca mais atrativa para o stakeholder (seja parceiro, fornecedor, cliente ou a sociedade em geral);
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atingir um novo mercado;
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criar um produto;
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reduzir o tempo na solução de problema com o uso de uma metodologia ágil.
Quais são as suas modalidades?
O conceito de corporate venture conta com 3 modalidades. Confira a seguir!
Corporate venture capital
Essa é uma forma de financiamento que apoia um negócio promissor. Embora qualquer investimento persiga o melhor retorno financeiro possível, esse não é o seu objetivo principal. Na maioria dos casos, consiste na estratégia de uma grande empresa para atrair inovação e estar mais perto das tendências do mercado.
Corporate venture interno
A opção pelo corporate venture interno é feita quando a ferramenta ou recurso utilizado para desenvolver a inovação é decorrente da própria organização. Pode ter vindo, por exemplo, de seu departamento de P&D ou da criação interna de uma startup de tecnologia.
Corporate venture externo
Nesse caso, a empresa conta com uma colaboração externa para adquirir a capacidade necessária para impulsionar sua inovação. Por exemplo, aproveitar a tecnologia de uma startup, aceleradora ou incubadora para a criação de um serviço ou produto.
Por que as grandes empresas buscam o corporate venture?
Toda organização que deseja diversificar sua atuação considera o corporate venture uma excelente maneira de se manter atualizada sobre tendências de mercado.
Nesse sentido, é possível optar por uma participação acionária em uma empresa menor, mais especializada, a fim de acessar determinado segmento.
Uma grande corporação que se engessa na hierarquia tradicional pode ter dificuldade para se mover com a rapidez que o mercado exige. Portanto, há inúmeros benefícios ao investir em um negócio menor e mais ágil. Essa é uma forma eficiente de se renovar e garantir o atendimento à necessidade do seu público em constante mudança.
Para a empresa investidora, o corporate venture serve como porta de entrada para a possível aquisição de uma startup inovadora. Desse modo, ela pode manter sua posição como líder de mercado, ainda que exista alguma empresa menor tentando superar a gigante pioneira.
Um bom exemplo disso é o Snapchat e o Instagram, que agora pertencem ao Facebook.
Quais são as desvantagens do corporate venture?
Ainda que investir em uma startup possa ser lucrativo, trata-se também de uma estratégia arriscada.
Quando uma ação perde valor, você pode se retirar do mercado para ver se ela se vai recuperar. Outra opção é vendê-la e ter uma perda. Mas, quando uma startup falha, a história é um pouco diferente.
Se a startup em questão estiver ancorada em um investimento vindo do corporate venture, o investidor pode não conseguir recuperar seu capital. Se a empresa tiver ativos, eles serão usados primeiramente para arcar com uma eventual dívida. O restante pode ser dividido, dependendo da maneira como o negócio foi estruturado.
Por outro lado, se uma startup não tiver nenhum ativo quando fracassar, a aposta no corporate venture costuma deixar o investidor com um prejuízo bastante significativo.