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Os jovens com idades entre 18 e 24 anos, que fazem parte da chamada geração Z, acreditam que o significado de sucesso profissional não é medido por um alto salário. Outros aspectos como trabalhar com o que gosta (42%), equilibrar trabalho e vida pessoal (39%) e ser reconhecido pelo que faz (32%) são mais importantes que ganhar bem (31%) para essa parcela da população. É o que mostra uma pesquisa feita Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Habilidades
Os valores e habilidades que fazem parte do perfil de um bom profissional para a geração Z são diferenciados. Esses jovens destacam a dedicação (43%), a capacidade de diálogo e trabalho em equipe (40%), o foco no trabalho (36%), a paciência (35%) e fazer sempre o melhor (31%) como características mais relevantes.
No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 24 milhões de jovens de 18 a 24 anos – o equivalente a 15% do público maior de idade.
“Se para as gerações anteriores formar família e desenvolver carreira duradoura e estável em uma única empresa era primordial, a geração Z está disposta a explorar mais as possibilidades profissionais e adiar planos de casamento e filhos, por exemplo”, afirma o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa, em nota.
Preocupações
O estudo também abordou as maiores preocupações dos jovens da geração Z. Eles temem não ter saúde física (28%), não arrumar emprego (27%), não conseguir se sustentar (25%), não trabalhar no que gostam (23%) e a corrupção no Brasil (21%). Somente 5% garantem não ter qualquer preocupação quando pensam sobre o futuro.
“Vale lembrar que esses jovens foram impactados pelas manchetes ininterruptas sobre a recessão, o desemprego, o PIB com baixo crescimento e as dificuldades do Brasil para fazer a economia engrenar nos últimos anos. Parte desses jovens teme, de certo modo, passar pelo que seus pais passaram. Outro aspecto interessante é o fato de que muitos não fazem planos de sair da casa onde nasceram, talvez por não se sentirem preparados para encarar os desafios financeiros da vida adulta. Nem sempre é fácil sustentar-se sozinho e manter o padrão de vida que os pais proporcionam, ainda mais em períodos de baixo crescimento econômico e mercado de trabalho desaquecido”, analisa Costa.
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