A autogestão é um fenômeno relativamente novo no mundo corporativo. Ela promove uma estruturação mais flexível (com uma equipe de trabalho que atua apoiada pelo restante da organização) quando comparada à hierarquia tradicional e seus departamentos isolados.
O conceito está presente há várias décadas na literatura especializada. Mas apenas recentemente a empresa brasileira passou a se organizar dessa maneira.
Para ajudar você a aprimorar a gestão do seu negócio, este artigo vai mostrar as principais informações sobre o assunto, bem como os seus benefícios e desafios. Boa leitura!
O que é autogestão?
Trata-se de um modelo organizacional no qual as funções tradicionais de liderança (planejamento, coordenação, controle, gerenciamento, direção…), são divididas com toda a equipe, em vez de ficarem restritas a um pequeno grupo.
Dessa forma, cada membro da organização se responsabiliza por manter seus próprios relacionamentos, planejar sua atividade, coordenar sua ação com outros profissionais, aplicar os recursos necessários para atingir o objetivo da empresa e intervir corretivamente quando necessário.
A autogestão não deve ser confundida com “gestão horizontal”. Embora se oponha ao modelo tradicional, esse conceito não o substitui positivamente por outra forma de estruturação.
Quais são as vantagens da autogestão na empresa?
O líder deve compreender que a autogestão é mais do que uma tendência passageira. É uma mudança fundamental na maneira de ver a empresa, sua gestão e a estratégia organizacional.
A partir desse ponto, é possível consolidar uma série de vantagens. Conheça algumas a seguir.
Capacidade de adaptação
Como consequência à implementação da autogestão, o colaborador se sente confortável com a incerteza. Isso possibilita desenvolver um tipo diferente de conhecimento que não versa sobre estatísticas e dados, mas sobre uma profunda capacidade de adaptação aos problemas que a empresa vai enfrentar.
Melhor desempenho
A autogestão vai de encontro à ideia neodarwiniana de que a competição é necessária para a sobrevivência. Ela abre espaço a um mindset colaborativo que alavanca o desempenho da equipe, uma vez que o colaborador se sente à vontade e é incentivado a solicitar o auxílio do colega se precisar.
Mais engajamento
O nível de engajamento pode se elevar graças ao aprofundamento do senso de responsabilidade estimulado pela autogestão. Na prática, todo profissional passa a se preocupar mais com o próprio desenvolvimento, a fim de entregar continuamente o melhor resultado possível.
Como implementar a autogestão?
Não existe receita pronta nem lista de todas as medidas necessárias à implementação. Mas o primeiro passo é avaliar se a cultura organizacional está pronta para aceitar a autogestão e se há uma mentalidade amadurecida para promovê-la.
Se não houver essa condição, é recomendável investir em um trabalho de base, fundamentado na conscientização dos envolvidos (sobretudo o gestor).
Quais são os principais desafios da autogestão?
Um conceito primordial da autogestão é a distribuição da autoridade. No entanto, isso é mais difícil do que parece. Devido a uma formação tradicionalista, é comum que o colaborador não tenha desenvolvido previamente competências que viabilizem essa autonomia.
Nesse contexto, algumas situações podem ser desafiadoras. Em um primeiro momento, por exemplo, o colaborador costuma se desorientar ao tentar responder perguntas como:
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quem deve ser contatado quando surgir um problema financeiro?
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de que forma iniciar uma entrevista?
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como o processo deve ser encaminhado?
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disponho de autoridade suficiente para tomar uma decisão que transponha a fronteira de minha equipe?
Esses são apenas alguns desafios que a organização vai enfrentar, mas estar ciente deles é fundamental. Só assim é possível dar o primeiro passo rumo à autogestão.
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