Cada organização possui as suas próprias características, orçamentos e lideranças. Não há regras que estabeleçam como a sucessão deve ser feita em uma empresa familiar. No entanto, ela precisa ser projetada de acordo com as particularidades e ritmo de cada companhia.
Em determinadas situações, são essenciais alguns ajustes internos antes de ser realizada a sucessão. Segundo o consultor José Renato de Miranda, a sucessão precisa ser feita com calma e planejamento tanto em uma companhia pequena, média ou grande. 'Além de ter um plano de sucessão, ambos os lados necessitam estar preparados para a mudança'.
Alguns comportamentos e iniciativas entre os familiares podem ajudar a tornar essa etapa mais fácil. Para isso, confira 5 recomendações dadas por Miranda:
1. É importante parar de pensar que o negócio é vitalício, que dá certo hoje e assim sempre será e que podem 'gastar por conta';
2. O empreendedor precisa tomar cuidado com pequenos desgastes, pois o lado emocional passa a ter fortes influências de personagens externos, como genros e noras;
3. É mais saudável impedir entrada de parentes diretos ou indiretos por afinidade pessoal e colocar as exigências da gestão acima de qualquer contratação;
4. O principal é a meta coletiva. Portanto, é fundamental não falar em sucessão sem preparar o processo sucessório, para não ficar um ambiente em que um líder vai sair e o outro vai entrar;
5. Não espere pela tragédia anunciada de crises e conflitos para tomar atitudes de descentralização, profissionalização e sucessão.