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Por que bons gestores seguem mais de um modelo de liderança

Foto: Shutterstock

No mundo dos negócios, existem dois tipos de liderança. Um deles consiste em utilizar a autoridade do líder para convencer os demais de que algo é considerado uma boa ideia e é o caminho certo para se seguir; o outro é mais flexível: o líder apenas guia a discussão e utiliza as ideias de seus funcionários para tomar a decisão correta.

Os dois modelos de liderança são chamados de dominante e prestígio, respectivamente. Eles refletem duas estratégias fundamentais que as pessoas usam para ter um bom desempenho na empresa em que trabalham.

Enquanto liderar por dominância significa ser assertivo e usar o poder formal para influenciar os outros; liderar por prestígio é mostrar o potencial do próximo e ainda encorajá-lo. Nenhuma estratégia é, necessariamente, melhor que a outra: algumas situações exigem liderança dominante, e outras precisam da ação de um líder por prestígio. Ser um líder efetivo significa saber alternar entre esses dois papéis para adotar o plano que funcionará melhor para aquele momento.

Quais situações pedem uma liderança dominante?
A dominância funciona melhor quando a demanda do líder exige que a equipe esteja alinhada rapidamente, movimentando-se para a mesma direção. Quando uma empresa tem uma estratégia clara para o lançamento de um novo projeto, por exemplo, o gestor precisa oferecer direções firmes para que todos trabalhem juntos.

O problema é que muita gente não gosta de receber ordens. Por isso, líderes que usam a dominância para cumprir o seu papel não costumam ser os preferidos da maioria. Para liderar, eles devem ser capazes de deixar seus egos de lado e lidar com as dificuldades de relacionamento resultantes desse tipo de governança.

Quais situações pedem uma liderança por prestígio?
O prestígio funciona melhor quando um líder está tentando empoderar os seus funcionários. Isso significa soltar as rédeas da situação e permitir que o time pense fora da caixa. Não que o gestor deva se afastar da situação, só que não precisa ser tão direto.

Ao invés de impor as próprias ideias, como faria um líder dominante, o por prestígio promove a discussão e a troca de conceitos e informações entre o time. Ouvir é tão importante quanto falar para gestores assim. Isso cria um ambiente seguro onde os membros da equipe se sentem seguros para inovar e gerar soluções criativas.

Mas assim como existem perigos para a liderança dominadora, liderar por prestígio também não é sempre perfeito. Muitos líderes se importam demais em como são vistos pelo seu time, e acabam colocando os resultados da empresa em risco para priorizar a sua popularidade dentro da organização. Para fazer um bom trabalho, é necessário seguir o caminho da transparência quando o assunto são decisões difíceis. Até quando escolhas impopulares são feitas, ainda assim é possível explicar o processo para a equipe e manter a confiança estabelecida.

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