A cooperação internacional entre empresas é uma estratégia para quem deseja se internacionalizar ou melhorar sua atuação no Brasil. Por meio de uma parceria, é possível facilitar a entrada do negócio em várias regiões do planeta ou obter know-how de uma companhia de destaque em diferentes nações.
Essa estratégia ajuda a vencer o desafio de empreender internacionalmente, como a falta de conhecimento sobre leis e cultura de outro país — o que pode gerar obstáculo para um produto ou serviço brasileiro.
Para entender como formar parceria pode ser benéfico, continue lendo!
O que é cooperação internacional?
É o processo pelo qual organizações de diferentes países unem esforços e trocam conhecimento para atingir um objetivo. Em uma boa parceria, ambos os lados contribuem para o projeto desenvolvido de modo complementar.
O propósito de uma cooperação assim pode variar. Pode ser, por exemplo, a colaboração em pesquisa e desenvolvimento para criação ou aperfeiçoamento de um produto, serviço ou processo organizacional no Brasil ou em outro país. Na parceria, os recursos podem vir de cada participante ou de algum programa governamental que sirva de intermediário.
Isso ocorre no programa de Cooperação Internacional em Inovação, feito pela Secretaria de Inovação e Novos Negócios do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Para participar, a empresa brasileira ou de outro país tem que desenvolver um projeto de inovação, com base no exemplo descrito acima. É previsto que o financiamento dos projetos seja proveniente de recursos de diferentes entidades, como:
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Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii);
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Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
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outras agências governamentais brasileiras de fomento;
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mecanismos ou agências de incentivo e financiamento de cada país-parceiro, conforme suas leis nacionais.
Quais são as principais vantagens para as empresas?
Existem muitos benefícios para quem participa de uma cooperação internacional. Alguns são:
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superar a barreira cultural e legal ao adentrar o país onde está o parceiro;
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a já mencionada possibilidade de captar recurso com uma entidade governamental de fomento do Brasil — bem como de outro país;
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acelerar a presença da empresa brasileira além das fronteiras, na nação do parceiro, ou em outro país, em que ambos trabalhem para adentrar. No caso do negócio nacional, isso pode ser feito por meio da instalação de um escritório, pelo processo de exportação ou pela fabricação do produto em outra localidade, com ajuda do parceiro;
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compartilhar conhecimento para a melhoria de processos de ambos os negócios;
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dividir riscos, especialmente ao lançar um novo produto ou serviço;
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somar a força de trabalho de duas ou mais empresas a fim de alcançar um objetivo em comum.
Quais são as cooperações internacionais feitas pelo Brasil?
Além dos projetos de incentivo, como o programa de Cooperação Internacional em Inovação citado, o Brasil tem acordos com outros países que geram benefícios para o comércio entre as nações.
Um exemplo é o Mercado Comum do Sul (Mercosul), que também tem como integrantes a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. De forma resumida, o acordo estabelece uma espécie de livre-comércio entre as regiões participantes, bem como política comercial comum entre os países-membros.
Outro exemplo é o Acordo Comercial Expandido Brasil — México (ACE) que prevê a liberalização integral do comércio entre os dois países, quando possível. Também há o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos das duas nações.
Essas negociações permitem obter facilidades na hora de comercializar entre as nações participantes dos acordos. Isso pode incentivar a formação de parcerias.
Como começar uma parceria assim?
É possível buscar, por conta própria, um parceiro no exterior com grande potencial para juntar esforços. Outra maneira é procurar um programa governamental voltado para a cooperação internacional, como o citado acima, que aproxime as organizações interessadas.
Instituições particulares também podem ajudar na cooperação internacional entre empresas. Um exemplo é o Santander que, por meio de seu Clube Santander Trade, fornece uma rede de relacionamento para seus clientes. Nele, é possível contatar com uma comunidade global de importadores e exportadores de 12 dos países onde o banco atua.