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Processo seletivo PCD: quais são as normas e como proceder

A legislação brasileira estabelece algumas normas em relação à contratação de pessoas com deficiência. Para evitar uma sanção grave, é preciso obedecer ao processo seletivo PCD conforme está na lei.

Além disso, se cada detalhe for bem planejado e executado, o profissional recrutado será uma excelente adição para a equipe da empresa.

Neste artigo, você vai aprender a realizar um processo seletivo PCD que atenda às normas e, ao mesmo tempo, permita identificar e atrair um novo talento.

Lei da contratação de PCD

As normas que você precisa observar para a contratação de PCD são: a Lei 8.213/1991 (também chamada de Lei de Cotas) o Decreto 3.298/1999.

De acordo com essa legislação, a empresa com 100 funcionários ou mais precisa respeitar uma cota de colaboradores PCD. A porcentagem dessa cota varia conforme a quantidade total de empregados:

  • se a empresa tem até 200, pelo menos 2% devem ser PCD;

  • se tem 201 a 500, pelo menos 3%;

  • se tem 501 a 1.000, pelo menos 4%;

  • se tem 1.001 colaboradores ou mais, pelo menos 5%.

Essa norma vale para qualquer empresa, independentemente de segmento de atuação — pois entende-se que em toda organização há algum cargo que pode ser desempenhado por uma pessoa com deficiência.

Outro ponto importante é que a legislação proíbe que o funcionário PCD seja segregado dentro da organização.

Vantagens da contratação de PCD

Contratar um funcionário PCD traz benefícios importantes para o negócio. O principal deles é a valorização da organização como um bom lugar para se trabalhar.

Entende-se que uma empresa que acolhe e integra o profissional PCD também vai prezar o bem-estar de todo o restante do time. Com isso, torna-se bem mais fácil atrair os melhores talentos para sua equipe.

Outro benefício que merece destaque é o impacto do funcionário PCD sobre a motivação dos demais. O profissional com algum tipo de deficiência encontra sérias dificuldades para conquistar uma vaga de emprego em uma organização que garanta boas condições de trabalho — por exemplo, com um plano de carreira sólido. Quando conquista uma boa vaga, ele costuma apresentar grande dedicação e inspirar os colegas.

Como organizar um bom processo seletivo PCD

O processo seletivo PCD deve ser pensado com o mesmo rigor do recrutamento comum. Veja algumas recomendações que vão garantir a contratação de um excelente profissional:

  • conte com o apoio de um profissional da área da saúde para a elaboração e a condução das atividades ao longo do processo seletivo;

  • entenda a diferença entre as deficiências dos candidatos e as adaptações que cada caso pode exigir. Assim, todo mundo consegue participar da seleção em pé de igualdade;

  • ainda que o profissional PCD compareça à entrevista com um acompanhante, procure comunicar-se diretamente com o candidato;

  • avalie a atitude do candidato;

  • tenha em mente que muitas habilidades podem ser desenvolvidas depois da contratação, por meio de treinamentos, coaching, mentoria e outras ferramentas.

Um processo seletivo PCD deve ser humanizado, mas não paternalista. Independentemente da deficiência do candidato, você precisa identificar aquele que tem o perfil mais adequado para o cargo em aberto.

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