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A área de Recursos Humanos nos moldes tradicionais está prestes a ser engolida. É o que pensa a CEO da Academia da Estratégia (ACAD), Graziela Moreno, que defende o conceito do RH Visionário.
A área de Recursos Humanos nos moldes tradicionais está prestes a ser engolida. É o que pensa a CEO da Academia da Estratégia (ACAD), Graziela Moreno, que defende o conceito do RH Visionário.
'A relevância do departamento pode ser potencializada partindo de uma visão focada em grandes temas que irão transformar o mundo em um futuro próximo', explica. Para ela, o RH Visionário propõe que o departamento de recursos humanos tenha sua visão ampliada para se antecipar às mudanças que surgirão em decorrência da convergência tecnológica, mudanças demográficas, globalização 2.0, digitalização, entre outros. 'É capaz de prever tendências, antecipar as mudanças, projetar modelos, formatos de trabalho e processos de gestão de pessoas que apoiem o desenvolvimento das competências necessárias para superar os futuros desafios do negócio e manter a vantagem competitiva da empresa em longo prazo.'
Segundo Graziela, o RH Visionário é muito encontrado em startups, pois, nesse contexto, uma área de recursos humanos tradicional pode não funcionar. 'Empresas ligadas à inovação e à tecnologia estão despontando quando o assunto é um RH à frente de seu tempo. Uma revolução nas políticas de reconhecimento, plano de carreira e sucessão não são opções para empresas como Google e Apple, por exemplo. Se elas não atuarem de forma visionária também no RH, os problemas relacionados às pessoas podem ameaçar o sucesso do negócio', diz.
A especialista dá alguns exemplos de empresas que apresentam o RH Visionário: 'a Cetelem, empresa do ramo financeiro com matriz francesa, está trabalhando em um projeto que busca mudar o 'mindset digital' de seus colaboradores; a Claro olha as megatendências para planejar e projetar todas as suas ações; e a a Aon, uma das empresas líderes mundiais na corretagem de seguros, busca conhecer mais profundamente a característica e os anseios dos colaboradores por meio da aplicação de uma pesquisa.'
Diante disso, confira a seguir 5 passos para implantar processos e práticas de RH Visionário em sua empresa, indicados por Graziela:
1. Despertar do CEO Visionário
Não adianta a empresa ter um RH Visionário se a alta direção não entende o que isso significa, tanto em termos de desafio, como em termos de investimento.
2. Preparar a equipe de RH
Antes de colocar todo mundo dentro de uma sala para traçar projetos 'revolucionários', a equipe de RH precisa estar atualizada e antenada às megatendências mundiais, para entender como elas se relacionam com a realidade e as estratégias da empresa. Oferecer cursos, grupos de estudos e ferramentas que facilitem essa preparação será essencial neste momento.
3. Planejar
Depois que a equipe de RH obter o preparo suficiente, é hora de fazer um planejamento realista que direcione as ações de recursos humanos. Aqui, entram o cruzamento entre a estratégia do negócio, as estratégias relacionadas às pessoas e a visão de como as megatendências influenciaram nestas duas pontas. Discutir como a empresa pode ter sistemas e processos de produtividade e desempenho que contribuam para a flexibilização da jornada de trabalho é essencial para organizações que estão relacionadas às novas gerações, por exemplo.
4. Implantar processos e indicadores com metas 'visionárias'
É importante criar processos, adequar ferramentas e projetar indicadores decorrentes do planejamento efetuado na etapa anterior. Caso contrário, corre-se o risco de as ações não passarem de utopias ou teorias. O acompanhamento sistemático dos indicadores deve ser feito de perto pela alta direção, que precisará estar comprometida em apoiar e patrocinar os projetos.
5. Criar rituais constantes de diálogo
Aproximar líderes e funcionários do RH é essencial para que o processo fique dinâmico e para que a área tenha um termômetro de como as ações e os acontecimentos externos estão impactando as pessoas, os processos e a rotina de trabalho. Além disso, o diálogo será uma fonte importante de novas ideias que irão retroalimentar as ações visionárias.
Segundo Graziela, o RH Visionário é muito encontrado em startups, pois, nesse contexto, uma área de recursos humanos tradicional pode não funcionar. 'Empresas ligadas à inovação e à tecnologia estão despontando quando o assunto é um RH à frente de seu tempo. Uma revolução nas políticas de reconhecimento, plano de carreira e sucessão não são opções para empresas como Google e Apple, por exemplo. Se elas não atuarem de forma visionária também no RH, os problemas relacionados às pessoas podem ameaçar o sucesso do negócio', diz.
A especialista dá alguns exemplos de empresas que apresentam o RH Visionário: 'a Cetelem, empresa do ramo financeiro com matriz francesa, está trabalhando em um projeto que busca mudar o 'mindset digital' de seus colaboradores; a Claro olha as megatendências para planejar e projetar todas as suas ações; e a a Aon, uma das empresas líderes mundiais na corretagem de seguros, busca conhecer mais profundamente a característica e os anseios dos colaboradores por meio da aplicação de uma pesquisa.'
Diante disso, confira a seguir 5 passos para implantar processos e práticas de RH Visionário em sua empresa, indicados por Graziela:
1. Despertar do CEO Visionário
Não adianta a empresa ter um RH Visionário se a alta direção não entende o que isso significa, tanto em termos de desafio, como em termos de investimento.
2. Preparar a equipe de RH
Antes de colocar todo mundo dentro de uma sala para traçar projetos 'revolucionários', a equipe de RH precisa estar atualizada e antenada às megatendências mundiais, para entender como elas se relacionam com a realidade e as estratégias da empresa. Oferecer cursos, grupos de estudos e ferramentas que facilitem essa preparação será essencial neste momento.
3. Planejar
Depois que a equipe de RH obter o preparo suficiente, é hora de fazer um planejamento realista que direcione as ações de recursos humanos. Aqui, entram o cruzamento entre a estratégia do negócio, as estratégias relacionadas às pessoas e a visão de como as megatendências influenciaram nestas duas pontas. Discutir como a empresa pode ter sistemas e processos de produtividade e desempenho que contribuam para a flexibilização da jornada de trabalho é essencial para organizações que estão relacionadas às novas gerações, por exemplo.
4. Implantar processos e indicadores com metas 'visionárias'
É importante criar processos, adequar ferramentas e projetar indicadores decorrentes do planejamento efetuado na etapa anterior. Caso contrário, corre-se o risco de as ações não passarem de utopias ou teorias. O acompanhamento sistemático dos indicadores deve ser feito de perto pela alta direção, que precisará estar comprometida em apoiar e patrocinar os projetos.
5. Criar rituais constantes de diálogo
Aproximar líderes e funcionários do RH é essencial para que o processo fique dinâmico e para que a área tenha um termômetro de como as ações e os acontecimentos externos estão impactando as pessoas, os processos e a rotina de trabalho. Além disso, o diálogo será uma fonte importante de novas ideias que irão retroalimentar as ações visionárias.
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