Uma recente pesquisa da Fundação Dom Cabral demonstra o aumento na quantidade de empresas brasileiras internacionais. Contudo, antes de começar a operar no comércio exterior, é preciso atender às exigências formais estabelecidas pelo governo e por órgãos de controle, além de estudar o ambiente de negócios como um todo.
Embora exista a burocracia, é possível — até mesmo para pequenas empresas — passar por todas as etapas sem sofrimento até a consolidação do negócio. Veja como:
1. Faça um raio-X do seu negócio
Quando falamos de internacionalização de empresa, não podemos confiar apenas no faro comercial na hora de aproveitar oportunidades. As decisões devem ser baseadas fundamentalmente em dados confiáveis e relevantes, que darão suporte para que você saiba se deve ou não entrar no comércio com o exterior.
Para isso, é altamente recomendável que a sua empresa seja submetida à avaliação pela matriz SWOT. Enxergando seu negócio por uma nova perspectiva, é possível avaliar precisamente se há condições ou não para expandir.
2. Reúna a documentação
Para operar em mercados estrangeiros, sua empresa deverá estar pronta para apresentar documentos conforme o tipo de produto que vai vender — isso considerando as exigências brasileiras para empresas exportadoras.
Também é necessário atentar-se para as especificidades de mercados externos. Na Europa, por exemplo, existe a Autoridade da Concorrência, que embora seja voltada para regular a competição entre grandes empresas, afeta as atividades produtivas como um todo.
No geral, é importante atentar-se para documentos que tratem de:
- certificados de qualidade;
- termos de confidencialidade;
- compromissos de não competição;
- relação jurídica da empresa com outras;
- fusões e aquisições;
- certidões negativas de débitos fiscais, trabalhistas ou perante a lei.
3. Faça a seleção do modal
Se o processo de internacionalização implica a entrada no ramo da exportação, é importante escolher criteriosamente o modal de transporte das suas mercadorias. Por navio, o tempo de chegada ao destino é mais longo.
Para a China, por exemplo, um cargueiro pode levar até 40 dias para aportar. Já por via aérea, o tempo cai para cerca de 10 dias. Em ambos os casos, contamos o tempo médio para desembaraço aduaneiro.
Não se pode deixar de considerar que cada modal tem preços de frete distintos. Enquanto em navios o transporte é cobrado pelo volume cúbico que as mercadorias ocupam, em aviões, o peso em quilogramas é a medida utilizada. De qualquer forma, pelo mar é mais barato, mas em compensação mais demorado, se comparado com o transporte aéreo.
4. Estipule um orçamento
A definição de um orçamento para operações internacionais é fundamental, tendo em vista as variações no câmbio que vão impactar diretamente suas operações. O mais indicado é montar um planejamento financeiro detalhado, que contemple pelo menos 3 anos de atividades.
Além disso, é importante acompanhar diariamente o fluxo de caixa, de preferência com informações estruturadas em relatórios. Não menos importante, esteja sempre pronto para revisar seu orçamento, até porque são incontáveis os processos que exigem o pagamento de taxas, impostos e tributos. Todos eles, é claro, deverão estar previstos no seu plano de negócios.
5. Faça uso de benchmarking
Atingir a excelência dentro de um processo de internacionalização de empresa é possível, e para isso é recomendável que você realize um processo de benchmarking. Trata-se de estudar casos anteriores de empresas similares à sua para extrair ensinamentos sobre o que deve ser feito e o que precisa ser evitado.
Agora que você já está mais preparado para lançar-se no desafio da internacionalização, compartilhe este artigo nas redes sociais e espalhe conhecimento. Informação é poder!