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Precisa de mais razões para investir em programas que promovam a diversidade no ambiente de trabalho?

Nas maiores empresas brasileiras apenas 13,6% dos cargos executivos são ocupados por mulheres e 4,7% por negros. Os dados são da pesquisa Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas, que revelou um cenário no qual a maioria das companhias do país não possui iniciativas que promovam a igualdade em seu ambiente de trabalho.

Entretanto, diversidade é um assunto latente e as organizações que estão em destaque no mercado como sustentáveis e responsáveis são aquelas que perceberam a importância da valorização do tema e vêm desenvolvendo iniciativas focadas na fomentação da equidade de gênero, social e étnico-racial entre seus funcionários.

A KPMG, por exemplo, possui o Grupo KNOW (KPMG Network of Women no Brasil) , que iniciou suas atividades em 2009 e é resultado de uma decisão do presidente alinhado com as estratégias internacionais da empresa. Com o objetivo de discutir internamente as demandas do Plano Estratégico combinado com as necessidades das profissionais mulheres que desenvolvem suas carreiras na organização, a iniciativa promove encontros com executivas do mercado brasileiro e internacional para discussões sobre temas técnicos, mas com foco na diversidade de gênero.

Por meio de workshops, mentoring, programas de apoio à maternidade e promoção de encontros de networking, as mulheres da consultoria se reúnem e discutem formas de favorecer o crescimento feminino não só dentro da empresa como na economia e no crescimento do país como um todo. “Somos uma rede de pessoas que segue como base os pilares de carreira, desenvolvimento e mercado para desenvolver e incentivar a carreira da mulher, proporcionando um ambiente inclusivo, que valoriza a equidade de gênero e estimula seu crescimento profissional”, conta Carla Bellangero, Sócia de Auditoria da KPMG.

No KNOW, funcionários homens da KPMG são chamados para participar do planejamento e execução de projetos, para absorverem o conteúdo e repassarem da maneira correta para sua equipe, de forma a estimular o engajamento e a conscientização acerca do tema. “A diversidade de gênero está na agenda de todas as principais empresas. Barreiras e adversidades existem, mas temos como foco buscar a igualdade no nosso ambiente de trabalho”, diz Carla. Entre as principais ações criadas pelo Grupo está a licença paternidade de 20 dias e a possibilidade das funcionárias levarem seus filhos e outros acompanhantes quando viajam pela empresa.

Segundo Carla, os resultados da iniciativa vêm atendendo ao objetivo da KPMG de se tornar uma organização escolhida por mulheres. “Observamos cada vez mais mulheres ocupando posições de liderança na consultoria. Cada mulher pode fazer a diferença na vida de outra mulher, basta focarmos em criarmos atividades que nos incentivem e nos empoderem”, conclui.

A United Airlines possui metas e políticas que visam elevar a diversidade e a inclusão no ambiente de trabalho. Para isso, criou cinco grupos de apoio conduzidos por funcionários: o EQUAL, da comunidade LGBTA; Gen Trend, dos Millennials; UNIE, que promove a multiculturalidade entre os povos; United for Veterans, para os veteranos do serviço militar alocados em unidades internacionais; e, para as mulheres, o uImpact. “Cada grupo aumenta a consciência de seus colegas de equipe acerca de questões culturais, promovendo trabalho voluntário e ainda colaborando com um melhor desempenho da empresa”, diz Lucimar Reis, Country Director Brazil da United Airlines.

O grupo uImpact foi criado há três anos, quando possuía 224 membros. Hoje, mais de 1400 funcionários discutem diariamente temas acerca da igualdade de gênero. Entre as principais iniciativas do grupo está a promoção de encontros e discussões periódicas, realização de eventos visando a formação de liderança, estabelecimento de parceria com instituições comunitárias locais para empoderamento feminino e estimulação do networking entre mulheres de diversas áreas da companhia. “Nós procuramos unir visões e fazer um trabalho para inspirar. Atualmente, 30% dos cargos executivos e VP são ocupados por mulheres e mais de 800 pilotas e copilotas já comandam aeronaves em todo o mundo”.

Além disso, para atender funcionários, clientes e fornecedores com perfis diferentes, a companhia aérea global também possui um conselho executivo de diversidade, formado por diretores e líderes de diversos setores que oferecem supervisão executiva e orientação acerca do tema inclusão. O grupo colabora para comunicar o compromisso da United, preparando os funcionários para trabalharem em equipes diversificadas. “Temos que envolver as pessoas e trabalhar com elas de forma contínua”, afirma Lucimar, ao explicar que, quanto mais latente o assunto for no ambiente de trabalho, mais pessoas começarão a refletir a respeito, levando a discussão, inclusive, para fora da empresa.

 

 

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