Dependendo de seu setor de atuação, existem grandes chances de a variação da cotação do dólar influenciar o seu negócio. Para não ter prejuízos e tampouco perder oportunidades com as flutuações do câmbio da moeda norte-americana, é importante entender bem como funciona o seu mecanismo de valoração.
Quer saber por que é importante acompanhar a alta ou baixa do dólar? Confira o pequeno guia que montamos sobre o impacto dessa moeda no mercado brasileiro!
O que influencia a cotação do dólar?
O primeiro fator é o enfraquecimento da economia brasileira, o que faz a moeda se valorizar. Uma crise financeira, como a causada pela pandemia do coronavírus, também afeta a oscilação do seu valor, porque impacta investidores. Eles tendem a converter ativos em dólares, retirando o dinheiro do país para aplicá-lo em ambientes mais estáveis. Além desses dois, destacam-se:
- A reserva cambial, isto é, o volume de dólares que o país tem. Ele é vital para negociações internacionais realizadas nessa moeda, pois, se o montante fica baixo, o câmbio pode se valorizar devido à falta de dólares por aqui. Se estiver elevado, a tendência é a moeda estrangeira perder valor;
- A situação da economia dos EUA. Por exemplo, se o país aumenta a taxa de juros, os investidores passam a investir em seu mercado, retirando dólares de outras nações, como o Brasil. Essa diminuição de dólar leva à valorização perante o real, já que sua oferta cai;
- Quando há mais exportações, as empresas recebem mais dólares de fora, gerando uma elevação da quantidade da moeda no país e sua consequente desvalorização. Se houver mais importações, saem mais dólares do Brasil para pagar os produtos, levando a um aumento em sua cotação.
Por que a variação da cotação do dólar impacta a economia nacional?
Quando o dólar está alto, o principal impacto está relacionado ao preço dos produtos importados, que tendem a ficar mais caros. Assim, se você usa alguma matéria-prima importada em seu negócio, seu fornecedor pode precisar repassar este aumento para o produto, fazendo aumentar seu custo de produção. A questão é que muitos pequenos empreendedores nem imaginam que usam produtos importados, direta ou indiretamente. O dólar alto pode afetar até mesmo uma microempreendedora que venda bolo em pote por exemplo: como mais da metade do trigo usado no Brasil é importado, a alta da moeda americana pressiona o preço da farinha.
Além disso, o dólar alto faz com que empresas que atuam com exportação prefiram priorizar o mercado internacional, diminuindo a quantidade de itens disponíveis no mercado interno. O resultado é, também, aumento de preços pela conhecida lei da oferta e da procura.
Já o dólar baixo, tem, claro, o efeito contrário e beneficia as organizações que importam itens do exterior, uma vez que conseguem, com menos reais, adquirir mais dólares para suas compras. Agências de turismo e companhias aéreas também obtêm vantagens, já que os brasileiros tendem a viajar mais para outros países, porque o poder de compra do real está maior.
Um problema é que, o dólar baixo promove uma entrada de produtos importados no mercado a preço mais competitivos, gerando uma concorrência com os produtos nacionais.
Como meu negócio pode se aproveitar da variação cambial?
A melhor forma de um empreendimento tirar proveito da variação cambial é internacionalizar o negócio, passando a vender produtos ou oferecer serviços para fora do País. Assim, a empresa aproveita as oportunidades quando o dólar estiver alto, com as vendas internacionais e pode compensar qualquer situação menos atrativa, voltando-se mais para o mercado interno quando o dólar estiver baixo. O mercado financeiro, oferece, inclusive, instrumentos de proteção cambial, os chamados Hedge. Eles têm um importante objetivo, que é mitigar o risco da variação cambial, reduzindo o efeito da volatilidade.
Atuar no mercado exterior não é um sonho impossível para pequenos negócios. Segundo estudo do Sebrae, as micro e pequenas empresas representam mais de 40% das empresas exportadoras brasileiras e foram responsáveis por vendas externas no montante de US$1.239 milhões em 2019. Das 8.300 MPE exportadoras, 47,1% são do ramo industrial, seguido pelo ramo comercial com 41,2% e 10,6% do setor agropecuário. Os pequenos negócios do setor serviços representam 1,1% das micro e pequenas empresas exportadoras.
Aliás, se você já está pensando em exportar, aproveite para conhecer o Clube Santander Trade, uma rede de relacionamento entre clientes do banco. O programa facilita a entrada de companhias no mercado exterior graças a uma extensa comunidade global de exportadores e importadores de 12 dos países onde o Santander tem presença. O clube também é uma boa solução para quem está atrás de novos fornecedores internacionais. Conheça, também, o Portal Santander Trade, uma plataforma virtual que reúne conteúdos gratuitos que auxiliam no gerenciamento de uma expansão internacional. Você também encontrará dicas sobre potenciais parceiros no exterior.