Você já ouviu falar em intraempreendedorismo? Ainda não? Não se preocupe, pois a partir de agora você vai descobrir o que é isso, quais são as vantagens e as empresas que já valorizam essa prática.
Como você sabe, o mercado de trabalho muda constantemente. Hoje em dia já não há mais tanto espaço para quem está ocupado apenas em fazer sua tarefa diária e manter o emprego. A realidade é que a proatividade tornou-se habilidade básica para o colaborador, que também deve ter atitude de dono do negócio.
Nesse contexto, o conceito de intraempreendedorismo vem sendo cada vez mais discutido, conforme veremos a seguir. Acompanhe!
O que é intraempreendedorismo?
O intraempreendedorismo nada mais é do que empreender já dentro de um negócio, independentemente de seu porte. Nessa modalidade de empreendedorismo, o profissional é dedicado e atua como um verdadeiro sócio da organização. Isso ajuda a trazer novas oportunidades, tornando a companhia ainda mais competitiva no mercado.
Quais são as vantagens para o negócio que incentiva essa prática?
Inovação
Deixar de inovar é algo arriscado para qualquer companhia. A cada dia, novas empresas surgem e tomam uma fatia significativa do mercado. Inovar é a melhor maneira de se manter ativo como um grande adversário no seu segmento.
O intraempreendedor lida com as questões do dia a dia, atende o cliente, sabe quais são os problemas da companhia e, principalmente, tenta encontrar uma forma de resolvê-los. Por isso, ele é a pessoa perfeita para trazer novas ideias.
Retenção de talentos
O intraempreendedorismo tem impacto direto na satisfação do colaborador, auxiliando na otimização de recursos, retenção de talentos e manutenção do capital intelectual do negócio.
Além de ter suas conquistas individuais e coletivas reconhecidas, a geração atual de trabalhadores também precisa de desafio e de uma expectativa clara de crescimento da carreira dentro da companhia.
Quais organizações já valorizam esse tipo de empreendedorismo?
Não é de hoje que grandes empresas apostam no intraempreendedorismo. Inclusive, há vários exemplos de como essa prática tem sido usada ao longo das últimas décadas por empresas como 3M e Sony.
Além disso, existem casos mais recentes de políticas empresariais que apoiam o empreendedorismo de seus colaboradores, conforme ocorre no Google. Veja a seguir.
3M
Na década de 1970, um cientista da 3M, Dr. Spencer Silver, estava trabalhando para criar um adesivo forte o suficiente para ser usado na indústria aeroespacial.
No entanto, acidentalmente, concebeu um adesivo muito leve e fino. O material não deixava marca na superfície onde era colocado e, de uma forma ou de outra, mantinha o seu aspecto inicial. O material parecia útil, mas foi 'deixado de lado' porque não correspondia ao objetivo principal do projeto.
A constante busca pela inovação era presente na cultura da organização. Por isso, outros departamentos foram comunicados sobre a descoberta e desafiados a arranjar uma aplicação para o novo produto.
Foi então que outro cientista da 3M, Art Fry, testou o uso do material como marcador de página e, posteriormente, como porta-recado ou transmissor de ideias. Esse processo deu origem ao Post-it.
Sony
Também um exemplo de longa data, a Sony incentivou o intraempreendedorismo ao acreditar no projeto do engenheiro Ken Kutaragi, conhecido como o “pai” do PlayStation.
Ken reportava a capacidade e a continuidade do seu projeto à sua chefia direta. Caso ele não tivesse visão para o potencial do mercado, talvez o mundo nunca tivesse conhecido Tekken 3, Metal Gear Solid, Resident Evil ou Gran Turismo, grandes clássicos da empresa.
Como exemplo mais atual, temos a Google, que aposta em alimentação, transporte e atividades físicas gratuitas para a equipe. O colaborador que tem filho recebe horas para ficar com ele e um valor extra no salário para despesa com fralda, roupa, leite etc. Além disso, quem concluir bem sua tarefa ganha crédito para uma sessão de massagem.
O negócio ainda aposta na política de 20% de tempo livre. A organização demanda do funcionário somente 80% do seu tempo em assuntos referentes à empresa, permitindo que os 20% restantes sejam investidos em algum projeto pessoal.
Viu só? Entre casos planejados e outros que ocorrem de forma espontânea, o intraempreendedorismo tem rendido ótimos frutos para as organizações mundo afora. Com isso, cada vez mais negócios apostam nessa prática como um diferencial competitivo.