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Como grandes empresas podem aprender com startups

Antigamente a hierarquia de aprendizado e poder era clara. Grandes empresas tinham os recursos, o domínio do mercado e muito mais poder que empresas pequenas. As novas companhias se inspiravam nas grandes e montavam seu modelo de negócios a partir delas. Hoje as coisas estão um pouco diferentes. Cada vez mais grandes empresas têm dificuldade em se adaptar a um mercado em constante mudança, e que exige inovações constantes.

Agora recursos muito semelhantes estão disponíveis a todos, e as startups se tornam ameaças reais a empresas estabelecidas. Então surge a questão: como inovar e competir com empresas tão novas e tão flexíveis? A resposta para essa pergunta é um fenômeno que só poderia acontecer na era da ruptura: grandes empresas observando e aprendendo com startups.

Sofia Esteves, uma das maiores recrutadoras do Brasil e presidente do conselho do Grupo DMRH, falou na HSM Expo 2016 sobre algumas das maiores qualidades das startups que garantem que elas tenham sucesso no mercado, e que podem ser aprendidas pelas grandes empresas.

POR QUE STARTUPS FUNCIONAM
Uma das principais características que garantem o sucesso de uma startup é o fato de ela não estar presa nos moldes das antigas formas de trabalho. O modo como a nova geração entende o trabalho, e consome produtos mudou. E a empresas precisam acompanhar essa mudança.

Esteves destacou que a nova geração não se contenta com trabalhos ruins, ela está acostumada à mudança e não existe salário que as mantenha onde não querem. “Os jovens querem sentir que fazem parte, não querem só receber ordem”, observa Esteves. E são essas mentes jovens que estão mudando o mercado, com as suas startups e modelos de negócio cheios de propósito e inovação.

Outro ponto que muitas startups acertam quando o assunto são os seus funcionários, é entender que cada vez mais o profissional é o empreendedor de si próprio. Cada trabalhador se torna uma empresa, e cada cargo um investimento nesse negócio. Por isso é importante garantir que todos tenham o seu espaço dentro de uma companhia para ter outra fonte de inovação. Afinal, pessoas que trabalham tendo abertura para investir no próprio potencial e sair de uma rotina regrada com pouco espaço para a criatividade são muito mais propensas a revolucionar o modo como a sua função é feita.

Os corações de startups são jovens que se propuseram a mudar algo. Por isso a inovação vem tão mais fácil do que dentro das estruturas de grandes empresas. Mas isso não significa que o espírito da mudança não possa ser trazido para dentro de grandes companhias. O segredo para manter os seus funcionários no máximo da sua capacidade não é aumentar salários. Basta oferecer uma causa, uma motivação em comum. Assim, o trabalho deixa de ser uma obrigação e se torna parte de algo maior.

Outro ponto que mais diferencia startups de grandes empresas é o mais difícil de implementar em negócios consolidados: a eficiência que a falta de burocracia permite. Numa startup, os recursos são mais limitados e, portanto, mais bem utilizados. Para inovar você precisa de agilidade, e não cinco estágios de aprovação de um projeto. Isso não significa fazer as coisas com pressa, mas garantir que os sistemas que deixam o processo mais seguro não sejam exatamente o que atrasa as inovações da empresa.

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