Você sabe o que é a agricultura orgânica? Em linhas gerais, trata-se do cultivo de alimentos sem a utilização de defensivos agrícolas, que durante muito tempo tem causado impactos ambientais.
Mas vai além disso: também engloba o uso de fertilizantes, transgênicos, determinados processos mecanizados.
Os danos também vão além do meio ambiente e da poluição ou extinção de lençóis freáticos e nascentes – também atinge a porção social da questão.
Sendo assim, além de um agronegócio sem o uso dos agrotóxicos e desses processos acima relatados, a agricultura orgânica é sustentável tanto no âmbito ecológico quanto no econômico e social.
Agricultura orgânica e sustentável
Uma prática agrícola sem impactos ecológicos e sociais. Essa é a proposta da agricultura orgânica.
Nesse cultivo há toda uma atenção voltada à proteção da natureza e dos recursos naturais. Isso se dá com o uso de técnicas mais “verdes”, sem tantos produtos sintéticos, e por métodos que economizem água e energia elétrica.
Do ponto de vista social, existe um fortalecimento da agricultura familiar e de benefícios que façam com que a sustentabilidade desses trabalhadores seja bastante eficaz.
A agricultura orgânica tem muito a crescer no Brasil
Atualmente, o maior mercado para produtos orgânicos está nos Estados Unidos.
Com faturamento anual na casa de US$ 50 bilhões de dólares, há pesquisas que apontam que mais de 80% dos americanos consumiram orgânicos durante o ano de 2016.
O cenário brasileiro é nitidamente menor – mas exibe chances de crescimento.
Não se esqueça que, na realidade brasileira, com os métodos específicos utilizados para o cultivo de alimentos orgânicos, esse produto chega mais caro à mesa do consumidor.
Um artigo publicado em meados de 2017 no site da revista Globo Rural revela que a primeira pesquisa nacional realizada para tratar do perfil do consumidor de orgânicos dá a indicação de um processo ainda inicial, mas que tende a crescer.
Dentre os índices revelados pela pesquisa, aponta-se que 15% dos brasileiros tiveram alimentos orgânicos em sua mesa. Os maiores índices estão na região Sul, com 34% de consumo. O sudeste ficou com pouco mais de 10%.
Esse resultado indica que esse é um processo de consolidação mas que, nos próximos anos, existe a previsão de crescimento.
Impacto no mercado
O aumento do cultivo e da atenção para com esses itens tende a favorecer todo um mercado estritamente ligado aos orgânicos.
No mercado interno, o Brasil está otimista sobre a agricultura orgânica e sustentável. Em 2016 eram 18 mil unidades produtivas – um crescimento de 15%.
Isso tudo impacta numa tendência de mercado que, segundo dados do Conselho Nacional da Produção Orgânica e Sustentável (ORGANIS), representa chance de prosperidade tanto interna, quanto externa, com o surgimento de mercado exportador para países como Europa, China, Oriente Médio e Ásia.
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