Foto: Envato Elements
Ações voltadas à preservação do meio ambiente não devem ser uma preocupação somente das grandes corporações. Micro e pequenas empresas também podem – e devem – adotar práticas sustentáveis para diminuir seu impacto e consumo no planeta.
Muitas empresas do segmento já demonstram seu comprometimento com essas iniciativas. Uma pesquisa feita pelo Centro de Sebrae de Sustentabilidade (CSS) com mais de 1,8 mil empresários mostra que 97% dos entrevistados substituíram lâmpadas incandescentes por fluorescentes econômicas e LED. Outros 74% possuem horários definidos para ligar e desligar equipamentos e 68% trocaram equipamentos ou maquinários por outros mais eficientes.
Os donos de pequenos negócios também demonstraram sua conscientização em relação ao uso da água: 60% dos entrevistados declararam ter alguma prática para economizar esse recurso, 48% instalaram vasos sanitários acoplados com descarga de duplo acionamento, 45% fazem reaproveitamento de água (em pias e chuveiros) para fins não potáveis (lavar pisos, regar plantas e jardins e lavar automóveis) e 29% fazem captação de água da chuva.
Para orientar os pequenos empresários que querem tornar seus negócios mais sustentáveis, o Sebrae listou cinco dicas. Confira a seguir.
1) Planejamento estratégico
A sustentabilidade deve integrar todas as atividades da empresa, e não apenas um departamento. É essencial que o empresário avalie quais são os aspectos mais importantes no seu segmento. Algumas perguntas que devem ser feitas, tais como: o negócio utiliza muita energia ou água? Onde estão os desperdícios? As matérias primas para fabricação ou prestação de serviços são poluentes? Com as respostas, a empresa poderá definir um plano estratégico para tratar do assunto.
2) Gestão ambiental
- Economia circular: verificar o ciclo de vida dos produtos ou serviços e levar em consideração todas as etapas do processo de fabricação ou criação até a entrega. Verificar onde é possível reduzir, reutilizar, recuperar e reciclar materiais e energia;
- Logística reversa: viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos para reaproveitamento, seja no ciclo produtivo da empresa ou para outro destino ambientalmente adequado;
- Matéria-prima confiável: ver o histórico do fornecedor, checar se o que está sendo comprado vem de uma fonte renovável, de baixo impacto ambiental e com mão de obra responsável;
- Design sustentável: produtos e serviços com sintonia nas questões ambientais – na produção, utilização e descarte;
- Neutralização de carbono: compra de créditos de carbono ou cotas de reflorestamento em empresas certificadas;
- Licenciamento ambiental: obter o licenciamento para as atividades que exigirem.
3) Uso eficiente da água
Vazamentos e desperdícios devem ser constantemente monitorados pela empresa. Novas tecnologias, como arejadores nas torneiras, são uma opção. Na área da limpeza, produtos biodegradáveis são menos nocivos – e o uso de vassouras para retirar a sujeira pesada ajudam a economizar água. A empresa também pode se posicionar através de campanhas que estimulem a economia de água entre seus clientes e funcionários.
4) Gerenciamento de resíduos sólidos
O método de fabricação dos produtos ou a prestação de serviços deve ser analisada com o objetivo de encontrar formas de reduzir a geração de resíduos. Em muitos casos, é possível produzir mais gastando menos matéria-prima e gerando menos resíduo.
Produtos recicláveis podem ser encaminhados para cooperativas de catadores, enquanto os orgânicos podem ser compostados. É importante ter atenção aos resíduos perigosos como pilhas, baterias, óleos e pneus, que devem ser enviados para empresas especializadas. Além disso, a empresa deve se atentar às regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei nº 12305/10.
5) Uso eficiente de energia
Dar preferência à iluminação natural é um bom método para utilizar energia de forma eficiente. Ambientes com paredes de cores claras ajudam a refletir os raios solares e deixam o ambiente mais fresco, reduzindo os gastos com ar condicionado. Os equipamentos utilizados pela empresa devem ser de baixo consumo e ter sua manutenção em dia, para evitar desperdícios.
Fios desencapados e mal isolados são pontos de atenção, já que podem causar fuga de energia e originar incêndios. A troca de lâmpadas comuns por lâmpadas fluorescentes ou de LED também é uma medida recomendada. Caso seja viável, a empresa pode avaliar a possibilidade de adotar energias alternativas, como solar fotovoltaica ou eólica.