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Reflexões que podem ser feitas sobre os wearables nas empresas

Foto: Shutterstock  

Com os avanços tecnológicos, o limite entre a vida profissional e pessoal dos funcionários de uma empresa pode ficar, às vezes, ameaçado, por conta do uso de mecanismos digitais. Atualmente, há companhias que estabelecem práticas de monitoramento do empregado que podem impactar até fisicamente, com a introdução de wearables ou outras tecnologias de rastreamento de dados.
 
Esses mecanismos têm se tornado cada vez mais acessíveis no mercado e, por isso, existem empresas que implantam os wearables como parte da estratégia da companhia. Nos Estados Unidos, uma funcionária do serviço de transferência da Intermex foi demitida após ter desinstalado um aplicativo de monitoramento de gestão de trabalho em seu celular. Ela era contra o registro da sua localização fora do horário de trabalho. Outro exemplo é o bloco de escritórios de alta tecnologia na Suécia chamado Epicenter, onde os funcionários foram equipados com chips sob a pele. Para entrar no escritório, pegar um ônibus ou até comprar um sanduíche, eles apenas acenam com a mão.

Refletindo sobre os wearables

Seja para monitorar a segurança ou aumentar a privacidade, adotar dispositivos como os wearables é uma decisão que precisa ser estudada profundamente, pois pode provocar consequências na rotina da empresa e dos funcionários.

Veja reflexões que podem ser feitas sobre os wearables, sugeridas pela edição norte-americana da revista Harvard Business Review:

1. Os wearables podem levar ao aumento do nível estresse dos funcionários?
A implantação dos mecanismos pode causar consequências psicológicas aos empregados. É preciso refletir se os wearables não serão uma fonte de maior estresse para os funcionários, ocasionando, assim, uma queda na produtividade da companhia.

É importante tomar cuidado para que o empregado não se sinta mais ansioso na hora de comer ou dormir, por exemplo, com medo dos dados que serão enviados ao líder.

2. Como os wearables delineiam as fronteiras entre trabalho e vida pessoal?
No início, as pessoas ficavam assustadas com o comportamento viciante dos usuários de smartphones. Hoje, se tornou mais comum não parar de mexer no celular. Portanto, é possível que um dia esses mecanismos passem a fazer parte da rotina de uma empresa.

No entanto, é importante que os líderes reflitam se isso é apropriado ou não. É interessante pensar como os funcionários serão educados sobre os limites entre vida profissional e pessoal ao implantar o equipamento.

3. Os wearables invadem a privacidade dos funcionários de uma empresa?
Uma pesquisa recente apontou que 82% dos entrevistados estão preocupados com a privacidade quando se trata de wearables, de um modo geral. Sendo assim, alguns funcionários podem se sentir vigiados ao saber que a empresa, às vezes, terá acesso a aspectos de sua vida pessoal, como a quantidade de tempo que ele dorme ou o que ele come.

Ao decidir implantar os wearables, é importante que os líderes da empresa saibam lidar com essas informações para que não tomem medidas com base em dados irrelevantes sobre a vida pessoal do funcionário, consciente ou inconscientemente.

4. Será que os funcionários aceitariam usar os wearables voluntariamente?
Antes de investir recursos nos mecanismos, os líderes precisam ser realistas e refletir se os empregados vão realmente usar os dispositivos voluntariamente e durante um período de tempo suficiente para recolher informações úteis.


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