Para manter a saúde financeira da sua empresa, é preciso montar um bom diagnóstico da condição econômica do negócio e analisar indicadores essenciais da área. Quer conhecer alguns dos principais? Continue lendo o artigo!
1. Medir o faturamento bruto e líquido
É importante acompanhar a receita gerada com a venda do serviço ou produto da empresa (faturamento bruto), bem como a receita líquida (após descontar impostos). Por exemplo, se foram vendidas 1.000 mercadorias a R$ 10,00 cada, pagando 20% de tributos (valor hipotético), você terá o seguinte resultado:
? faturamento bruto = R$ 10.000,00 (1.000 × R$ 10,00);
? faturamento líquido = R$ 8.000,00 (R$ 10.000,00 - R$ 2.000,00 de impostos).
Essa métrica é importante para realizar uma comparação entre o resultado e a meta definida anteriormente, no intuito de verificar se a estratégia da empresa teve êxito.
2. Encontrar seu ponto de equilíbrio financeiro
Essa métrica corresponde ao ponto em que a despesa e a receita se anulam, ou seja, quando não há lucro, nem prejuízo. Toda empresa deve conseguir alcançar esse valor mínimo para não acumular perdas.
Esse indicador permite descobrir quando o negócio começa a ser lucrativo ou se será necessário fazer ajustes ou mesmo desenvolver um novo produto para melhorar as finanças da empresa.
3. Manter o nível de endividamento total sob controle
Esse indicador demonstra a quantidade de recursos provenientes de empréstimos e financiamentos que são empregados na operação do negócio. Para fazer o cálculo, devemos somar o total de capital de terceiros (passivos de curto e de longo prazo) e dividi-lo pelo total de ativos da empresa.
Depois, basta multiplicar por 100 para encontrar o percentual de endividamento. Quanto maior esse resultado, pior é a saúde financeira da empresa, pois boa parte de seus recursos está comprometida. Isso pode atrapalhar a captação de novos investimentos.
Vale destacar que, na área de estratégia e gestão do Santander, você encontra soluções educacionais de gerenciamento. Uma delas é o diagnóstico empresarial, que consiste em uma avaliação gratuita sobre a maturidade do processo de gestão da companhia. Por meio dele, são verificadas as principais necessidades de melhoria no gerenciamento do seu negócio.
4. Avaliar custos fixos e variáveis
Custos fixos são despesas que não mudam conforme o volume de vendas. Por exemplo, a conta de aluguel e de internet. Já os custos variáveis podem aumentar e diminuir de acordo com as vendas e a produção. Entre os principais, destacam-se insumos, comissões e mão de obra.
Por exemplo, se o custo fixo com aluguel está alto, é possível buscar outra sede para sua empresa. Se o valor da matéria-prima está elevado, que tal renegociá-lo com o fornecedor ou aumentar a compra para conseguir um desconto?
Também é importante analisar o Custo Variável Unitário (CVU) do produto. Imagine que você gaste R$80,00 com insumos, comissões e impostos para fabricar e vender 100 itens. Se dividir esse valor pela quantidade confeccionada, o valor de CVU será R$ 0,80. Aqui estão incluídos dois grupos de custos variáveis: os de produção e os de comercialização.
Para encontrar o Custo Fixo Unitário (CFU), é preciso pegar o total de custos fixos e dividir pelo total de produtos. Por exemplo, se sua empresa fabricou 1.000 itens e o custo fixo total é de R$ 10.000,00, cada mercadoria terá um CFU de R$ 10,00 (R$ 10.000,00 ÷ 1.000). Quanto mais se produz, menor é o CFU, já que o custo fixo é diluído entre a produção.
Saber analisar a saúde financeira da empresa é importante para avaliar se ela terá condição de se sustentar no curto, médio e longo prazo. Sem isso, é difícil estabelecer medidas de recuperação ou manutenção da sua atividade, a fim de garantir o equilíbrio econômico.
Que tal conferir algumas tendências do mercado de PMEs por meio do Índice de Confiança do Pequeno e Médio Negócio (IC-PMN)? Você vai conhecer melhor o setor da sua empresa e entender quais pontos precisam ser aprimorados!