Saber como precificar os produtos no supermercado é essencial para garantir a saúde financeira e a viabilidade do negócio. Enquanto um preço muito alto pode afastar o consumidor, se o valor cobrado for baixo demais, o fluxo de caixa será negativo e a empresa entrará em colapso no longo prazo.
Para auxiliar nessa tarefa tão importante, elaboramos um guia com técnicas para a dominar precificação de produtos. Confira!
Comece entendendo os custos envolvidos na operação
O primeiro passo para precificar produtos é conhecer todos os custos envolvidos na operação. E isso vai muito além do que foi pago pelos itens que serão vendidos. É preciso somar também despesas como contas de luz, impostos e mão de obra.
O comércio é uma atividade de intermediação entre a empresa produtora e o consumidor final. Tudo que está na prateleira foi adquirido de um fornecedor e é repassado ao cliente. Mas o que está sendo vendido é mais do que apenas a mercadoria! A comodidade de encontrar tudo em um mesmo lugar e a experiência de compra é onde se encontra o principal valor do supermercado.
Para conseguir isso, existem custos diversos, como o salário da equipe, segurança, equipamento de refrigeração e até o trabalho de seleção e curadoria dos artigos disponibilizados. Portanto, além do valor bruto da mercadoria, é preciso ratear esses custos fixos da operação nos produtos vendidos na loja.
Cada item contribui para o pagamento dos custos fixos de forma diferente, com a chamada margem de contribuição. No geral, artigos baratos cobrem uma parte menor do valor, enquanto os caros geralmente participam com um pouco mais.
Mas nem sempre essa regra se aplica: a margem de contribuição pode ser afetada pelos preços praticados no mercado. Por isso, é importante pesquisar para chegar a uma precificação exata.
Pesquise o preço praticado pela concorrência
Uma vez que os custos fixos e variáveis já são conhecidos, é importante pesquisar o preço praticado pela concorrência, a fim de entender quanto o consumidor está disposto a pagar pelo produto.
A dica aqui é visitar outros supermercados da região que tenham o mesmo perfil de cliente e um mix de produtos similar. Com uma noção dos valores do mercado, fica mais fácil determinar qual será a margem de contribuição de cada item.
Em produtos com custo muito baixo, como balas e alguns legumes, a margem de contribuição pode ser praticamente nula: o item é vendido apenas pelo valor dos seus custos variáveis. Mas o ideal é que quase todas as mercadorias participem do rateio dos custos fixos da operação.
O gestor também precisa considerar também uma estimativa do volume de venda para realizar um rateio mais eficiente. É preciso ter pelo menos uma noção geral do que será comercializado a cada período, a fim de chegar a um preço competitivo e justo. Nem sempre dá para acertar isso de primeira. Mas é possível ajustar o valor com a experiência e o desenvolvimento da operação.
Por fim, é importante considerar também uma margem de lucro, que é o retorno sobre o capital investido no negócio e a remuneração do empreendedor sobre o risco assumido na operação. A pesquisa de preço de mercado também ajuda nessa etapa.
Um erro comum é definir o lucro de forma arbitrária, sem considerar o impacto dele no preço final. É importante que, mesmo após o lucro, o valor esteja dentro dos parâmetros do mercado.
Se o preço final estiver muito alto, o consumidor rejeitará a compra. Por outro lado, se estiver baixo demais, o supermercado pode ajustar o lucro ou tentar faturar mais no volume de vendas.
Agora que você já sabe como precificar os produtos no supermercado, aproveite para conhecer nossas pesquisas sobre tendências de mercado! E entender de que forma elas podem impactar o seu negócio,