As redes sociais já se consolidaram como o maior meio de comunicação da atualidade e recebem, a cada dia, uma nova função. De vendas ao atendimento ao cliente; hoje, as novas mídias também podem ser utilizadas em processos de recrutamento e seleção.
A tendência já é praticada em alguns países, como nos Estados Unidos – uma em cada cinco empresas já utilizam, no EUA, as redes para selecionar candidatos. Não poderia ser diferente no Brasil, país que mais usa redes sociais na América Latina.
Utilizar os meios digitais facilita na busca de informações e na interação entre a empresa e o candidato: com eles, é possível pesquisar, de maneira muito mais rápida e fácil, sobre a carreira e competências específicas de um pré-candidato, auxiliando um recrutador a conhecer um pouco mais sobre seu comportamento por meio de seus perfis nas redes.
É comum, portanto, que empresas de recrutamento e seleção criem perfis nas principais redes sociais para entrar em contato com os novos profissionais. No Brasil, os canais mais escolhidos para essa interação são o Facebook e o LinkedIn – rede já especializada em criar conexões entre usuários e empresas que desejam trabalhar.
No entanto, por mais que o recrutamento via redes sociais possibilite coletar informações mais detalhadas sobre os potenciais colaboradores, recrutadores precisam tomar cuidado com a prática: é comum confundirem o perfil pessoal de uma pessoa com a sua atuação profissional. E isso não está certo.
É papel do recrutador saber separar os dois aspectos, afinal, a posição política de um candidato ou a forma como aproveita seu tempo livre tendem a não interferir em sua profissão. São escolhas que devem ser respeitadas, especialmente pela área de recrutamento e seleção de uma empresa.
Também é possível enganar-se com o perfil de um candidato pela internet. Muitas contas parecem mais ideais do que são, afinal, as pessoas podem ser quem quiserem na rede. Contatar a pessoa por meio de uma ligação já ajuda a descobrir se as informações que ela divulga nos canais digitais são verdadeiras ou não.
Outra boa maneira das empresas aproveitarem os canais digitais é divulgando seus processos seletivos em seus perfis ou em grupos de vagas específicas – facilitando na triagem de candidatos, que se mostram mais interessados nas oportunidades oferecidas de maneira espontânea pelas organizações.
Portanto, sim, é possível fazer recrutamento de candidatos por meio das redes sociais. Só é preciso tomar cuidado com avaliações errôneas a partir de publicações desses usuários.
Para ser assertivo, o recrutador pode sim analisar um candidato por meio de seus perfis, mas apenas de forma complementar ao processo – jamais decidir se o profissional deve ou não ser contratado por conta de seu Facebook ou LinkedIn. O contato pessoal, seja por meio de uma entrevista presencial ou até mesmo por telefone, é fundamental para avaliar se uma pessoa está apta ou não a exercer a função em questão.