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Afinal, o que pensa a Geração Y?

Foto: Divulgação

Quando o assunto é Geração Y ou do Milênio, muitos executivos tendem a franzir a testa. Realmente, as dúvidas não são poucas. A pergunta o que pensam as pessoas que nasceram nas décadas de 80 e 90 pode abrir espaço para infinitas discussões.

Segundo estudo global da consultoria PWC, os integrantes da geração Y querem:

1. Flexibilidade
Se pudessem ter mais flexibilidade, 64% dos integrantes da geração do milênio escolheriam trabalhar em casa e 66% preferem horários alternativos. 15% dos homens e 21% das mulheres aceitariam salários menores ou um ritmo mais lento nas promoções em troca de flexibilidade. Para a geração Y, produtividade não deve ser medida pelo número de horas passadas no escritório, mas sim pelo volume de trabalho concluído.

2. Diferentes experiências
38% dos entrevistados não se veem trabalhando no mesmo lugar por nove anos ou mais, contra 30% dos integrantes de outras gerações.

3. Reconhecimento
96% da geração do milênio preferem conversas presenciais, exatamente como 95% das outras gerações. 41% preferem ser reconhecidos por seu trabalho pelo menos uma vez por mês.

De acordo com uma pesquisa da Harvard Business Review, a geração Y busca o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e isso significa tempo e espaço para si: as preferências são 'tempo de lazer suficiente para minha vida privada' (57%), seguido por 'horário de trabalho flexível' (45%) e 'reconhecimento e respeito para os empregados' (45%).

Feedback e políticas de avaliação de desempenho
Confira agora o que pensam 3 líderes dessa geração sobre temas como feedback e políticas de avaliação de desempenho, que têm sido amplamente discutidos:

Tatiana Collis, do Magazine Luiza:
O processo de avaliação tem que ser extremamente pessoal e depende muito da área de atuação. Estamos falando de pessoas diferentes e de desenhar o que seria o melhor programa de desenvolvimento e avaliação dadas as características que eu preciso que a pessoa tenha para sem bem sucedida.

Gosto muito de feedback que traz dados, informações e exemplos do que aquela pessoa fez ou deixou de fazer. Faço bastante e trago sempre exemplos, para a pessoa realmente entender o que precisa para se desenvolver. É importante sempre trabalhar os pontos positivos e negativos. Essa parte construtiva dos pontos a desenvolver é muito importante e nós não damos devido valor.

Mariana Adensohn, da Caoa:
Feedback é algo que tem que acontecer todos os dias. Precisa ser diário, na hora e pode ser dado de diversas maneiras. É tão importante ser contestada na hora do erro porque isso me faz enxergar diferente.

Não sou a favor de avaliação de desempenho dessa forma que tem sido feita hoje. Acredito que isso envenena a geração Y, porque você dizer que ela está no quadrante x, com performance e características diferentes de outras pessoas não é adequado. Não sou a favor de ranquear as pessoas, pois acho que gera falta de confiança e falta de humildade por conta da competição. Entendo que a avaliação deve ser feita individualmente e focada nas metas e competências de cada um. Meta corporativa não funciona.

Camila Farani, empreendedora:
Feedback é uma arte tanto receber quanto dar. É importante tentar inseri-lo de alguma forma. Pergunte sempre para pessoas que não sejam necessariamente próximas, o que elas veem de positivo e negativo em você. É difícil ouvir.


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