O investimento na gestão de Recursos Humanos (RH) é feito com a expectativa de gerar um resultado futuro. Mas como saber se, de fato, o objetivo foi alcançado? Uma maneira de encontrar essa reposta é por meio do ROI de RH.
Usado como indicador de desempenho financeiro, o ROI calcula o retorno sobre determinado investimento realizado. Provavelmente você já conhece esse termo em outros contextos.
Neste artigo, vamos demonstrar como ele pode auxiliar a sua empresa a melhorar o desempenho do setor usando o ROI como referência. Confira!
O que é o ROI?
ROI é um cálculo que quantifica o resultado decorrente de um investimento financeiro. O termo vem do inglês 'return on investment', que pode ser traduzido para 'retorno sobre investimento'.
Esse indicador de desempenho pode ser aplicado a diferentes situações. Serve tanto para que um investidor verifique o ganho obtido no mercado financeiro quanto para avaliar o lucro de uma empresa após a realização de um investimento.
Essa apuração é feita a partir da seguinte fórmula:
ROI = lucro - custo ÷ custo × 100
No caso de uma empresa, o ROI pode ser usado tanto para avaliar o retorno sobre o investimento total no negócio quanto para apurar o resultado decorrente de uma despesa específica. É o caso, por exemplo, da avaliação do lucro gerado pela compra de um novo equipamento ou do desempenho de setor da organização, como o RH.
Esse indicador é extremamente estratégico. Além de identificar qual é o lucro gerado por um investimento já realizado, ele também serve como um importante instrumento para tomada de decisão. Usando o cálculo, é possível projetar o retorno, auxiliando o gestor a fazer a escolha mais vantajosa para o negócio.
Como aplicar o ROI ao investimento no RH?
Para ter o ROI de RH como métrica do setor, é preciso identificar quais são os investimentos feitos. Investir no RH é, principalmente, empregar recursos na melhoria de processos.
Imagine, por exemplo, que a empresa comprou um novo equipamento que permite aumentar a fabricação de um produto. Nesse caso, os dados relativos ao investimento ficam muito claros: há o valor aplicado no equipamento, o aumento da produtividade e o resultado financeiro obtido. O problema é que nem sempre um aporte é tão evidente na área de Recursos Humanos.
No RH é necessário definir qual será o parâmetro e apurá-lo financeiramente. Vamos explicar melhor usando um dos principais problemas enfrentados pelo setor: a alta rotatividade (turnover).
A rotatividade gera um custo considerável para a empresa. Cada contratação feita para suprir uma saída gera despesa com recrutamento, seleção e adaptação do novo colaborador. O primeiro passo é conferir todos os gastos.
Entram nesse cálculo a despesa com o anúncio da vaga, perdas com a vacância do cargo e até mesmo a diferença entre a produtividade do trabalhador que saiu da empresa em comparação com a do novo contratado — que, segundo estimativas, leva de seis a oito meses para gerar retorno ao negócio.
Vamos supor que cada recontratação gere um custo médio de R$ 10 mil. Para uma companhia com 100 funcionários e uma taxa de turnover de 10% por ano (10 colaboradores) isso representa um gasto anual de R$ 100 mil.
Para reverter esse problema, a empresa investiu R$ 30 mil em treinamentos, reduzindo a taxa de turnover de 10% para 4%. Ou seja, reduziu o custo de R$ 100 mil para R$ 40 mil. Nesse caso, não falamos em lucro, mas em benefício obtido — que será de R$ 60 mil, pois é o valor que a organização conseguiu preservar.
Agora, veja como fica o cálculo do ROI:
ROI = benefício obtido - custo do investimento ÷ custo do investimento × 100
ROI = 60.000 - 30.000 ÷ 30.000 × 100
ROI = 100%
É, portanto, um investimento vantajoso para a empresa, que deve ser considerado no planejamento estratégico dos anos seguintes.
O caso do turnover foi usado apenas como um exemplo para a aplicação do ROI de RH. Você pode empregar o mesmo mecanismo para avaliar qualquer investimento no setor.
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