Estes objetivos estão concentrados no que chamamos de ‘Cinco níveis de viabilidade do negócio’, ou seja, se você conseguir demonstrar que seu negócio tem como atender estes cinco níveis por meio do seu plano de negócio, então o seu plano conseguiu atingir o seu objetivo. Estes níveis são melhor explicados a seguir: |
Nível 1 - Viabilidade de produto
O primeiro nível é demonstrar que você é capaz de conceber um produto ou serviço que tenha um valor para um determinado cliente, que você tenha as competências, as habilidades, o conhecimento e as condições para produzir este produto e que o produto apresente algum diferencial perante os concorrentes. É importante que, para demonstrar esta viabilidade, o plano de negócio apresente detalhes do processo de desenvolvimento e concepção do produto e que ele tenha sido já prototipado e, se possível, realizado algum teste de conceito no mercado previsto.
Nível 2 – Viabilidade de mercado
De nada adianta ter um produto muito bom se não houver mercado para ele. Este segundo nível visa demonstrar que existe um número mínimo de clientes que viabilizem a produção deste produto ou serviço. O plano de negócios precisa trazer argumentos de que o mercado é conhecido, que o apelo de valor do produto ou serviço é atrativo para este mercado e como se atingirá este mercado e se construirá a percepção de valor no segmento desejado deste mercado.
Nível 3 – Viabilidade operacional
Uma coisa é produzir um produto, outra coisa bem diferente é conseguir produzir em série, com os devidos controles operacionais para otimizar os processos, adequados à demanda já provada no nível 2 e com a capacidade de adequar toda a cadeia de valor, desde os fornecedores de insumos e matéria-prima, até a distribuição do produto final até chegar ao cliente e/ou consumidor. Ter um mercado e não provar que consegue atendê-lo acaba por inviabilizar o negócio.
Nível 4 – Viabilidade financeira
Ter um bom produto, um mercado e a capacidade de atendê-lo pode dar uma falsa indicação de que o negócio é viável, mas no final das contas, só os números é que vão dizer se o negócio é viável ou não. Neste momento, o empreendedor precisa demonstrar, primeiro, que a soma das receitas projetadas ao longo do tempo em algum momento conseguirão cobrir as despesas e custos e segundo, que os lucros acumulados irão cobrir os investimentos totais feitos, com o devido retorno que compense o capital investido. Esta é a parte mais difícil, mas um bom trabalho feito nos níveis de viabilidade anteriores vão facilitar as contas necessárias nesta etapa.
Nível 5 – Viabilidade de crescimento
Para muitos empreendedores, atingir o nível 4 de viabilidade já é suficiente, mas para muitos, sobretudo que tem como parceiros investidores de risco, pagar o investimento inicial não é suficiente, é preciso demonstrar no plano de negócios, que o negócio tem potencial para gerar um rápido e alto crescimento, até porque o investidor só realiza o seu ganho quando vende sua parte por um valor proporcional ao que o negócio ainda poderá gerar no futuro. Por isso, as estratégias de crescimento representam parte fundamental no plano de negócio.
Como pode ser visto, cada tipo de viabilidade só é obtido quando o anterior é comprovado. Antes de sair buscando números e todo tipo de informação, é importante fazer o planejamento do desenvolvimento do seu projeto considerando o que é importante em cada momento. Parta do mais simples e vá aumentando a complexidade na medida em que vai demonstrando cada nível de viabilidade.
E é sempre bom lembrar que o empreendedor não deve esperar todos os tipos de viabilidade serem comprovados para então começar a execução do plano. Muitas certezas só vêm depois que o empreendedor começa sua trajetória pelo caminho do negócio próprio. Trata-se de um aprendizado constante em que a execução alimenta o plano e vice-versa.
Marcos Hashimoto é Coordenador e Professor do Centro de Criatividade e Empreendedorismo da FAAP, Consultor e Palestrante, doutor em Administração de Empresas pela EAESP/FGV (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas), autor do livro Lições de Empreendedorismo e do software SP Plan de planos de negócios. Seu site pessoal é www.marcoshashimoto.com.
O primeiro nível é demonstrar que você é capaz de conceber um produto ou serviço que tenha um valor para um determinado cliente, que você tenha as competências, as habilidades, o conhecimento e as condições para produzir este produto e que o produto apresente algum diferencial perante os concorrentes. É importante que, para demonstrar esta viabilidade, o plano de negócio apresente detalhes do processo de desenvolvimento e concepção do produto e que ele tenha sido já prototipado e, se possível, realizado algum teste de conceito no mercado previsto.
Nível 2 – Viabilidade de mercado
De nada adianta ter um produto muito bom se não houver mercado para ele. Este segundo nível visa demonstrar que existe um número mínimo de clientes que viabilizem a produção deste produto ou serviço. O plano de negócios precisa trazer argumentos de que o mercado é conhecido, que o apelo de valor do produto ou serviço é atrativo para este mercado e como se atingirá este mercado e se construirá a percepção de valor no segmento desejado deste mercado.
Nível 3 – Viabilidade operacional
Uma coisa é produzir um produto, outra coisa bem diferente é conseguir produzir em série, com os devidos controles operacionais para otimizar os processos, adequados à demanda já provada no nível 2 e com a capacidade de adequar toda a cadeia de valor, desde os fornecedores de insumos e matéria-prima, até a distribuição do produto final até chegar ao cliente e/ou consumidor. Ter um mercado e não provar que consegue atendê-lo acaba por inviabilizar o negócio.
Nível 4 – Viabilidade financeira
Ter um bom produto, um mercado e a capacidade de atendê-lo pode dar uma falsa indicação de que o negócio é viável, mas no final das contas, só os números é que vão dizer se o negócio é viável ou não. Neste momento, o empreendedor precisa demonstrar, primeiro, que a soma das receitas projetadas ao longo do tempo em algum momento conseguirão cobrir as despesas e custos e segundo, que os lucros acumulados irão cobrir os investimentos totais feitos, com o devido retorno que compense o capital investido. Esta é a parte mais difícil, mas um bom trabalho feito nos níveis de viabilidade anteriores vão facilitar as contas necessárias nesta etapa.
Nível 5 – Viabilidade de crescimento
Para muitos empreendedores, atingir o nível 4 de viabilidade já é suficiente, mas para muitos, sobretudo que tem como parceiros investidores de risco, pagar o investimento inicial não é suficiente, é preciso demonstrar no plano de negócios, que o negócio tem potencial para gerar um rápido e alto crescimento, até porque o investidor só realiza o seu ganho quando vende sua parte por um valor proporcional ao que o negócio ainda poderá gerar no futuro. Por isso, as estratégias de crescimento representam parte fundamental no plano de negócio.
Como pode ser visto, cada tipo de viabilidade só é obtido quando o anterior é comprovado. Antes de sair buscando números e todo tipo de informação, é importante fazer o planejamento do desenvolvimento do seu projeto considerando o que é importante em cada momento. Parta do mais simples e vá aumentando a complexidade na medida em que vai demonstrando cada nível de viabilidade.
E é sempre bom lembrar que o empreendedor não deve esperar todos os tipos de viabilidade serem comprovados para então começar a execução do plano. Muitas certezas só vêm depois que o empreendedor começa sua trajetória pelo caminho do negócio próprio. Trata-se de um aprendizado constante em que a execução alimenta o plano e vice-versa.
Marcos Hashimoto é Coordenador e Professor do Centro de Criatividade e Empreendedorismo da FAAP, Consultor e Palestrante, doutor em Administração de Empresas pela EAESP/FGV (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas), autor do livro Lições de Empreendedorismo e do software SP Plan de planos de negócios. Seu site pessoal é www.marcoshashimoto.com.
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