Entre as startups e as empresas tradicionais existe um tipo de companhias que apresenta características que não se encaixam em nenhum dos dois grupos. São as scale-ups, empresas que avançam pelo menos 20% ao ano, por três anos seguidos.
O Brasil tem cerca de 35 mil scale-ups, menos de 1% do total de empresas do País, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao mesmo tempo, o segmento é responsável por quase 60% dos novos empregos gerados nos últimos anos. Diante disso, confira 5 características das scale-ups brasileiras, mapeadas em um estudo recente da Endeavor e da Neoway, empresa especialista em Big Data:
1. Gestão de pessoas
Enquanto uma empresa tradicional contrata, em média, 0,34 funcionários por ano, o índice de contratação de uma scale-up é de 31,3. Ou seja, ela contrata 100 vezes mais do que a média.
2. Sociedade
As scale-ups registram aproximadamente o dobro do número de sócios na comparação com a média geral das empresas brasileiras.
3. Tempo de vida
A média de idade de uma scale-up no País é de 14 anos e quase 60% delas são companhias com mais de 10 anos. Isso significa que as scale-ups não são startups.
4. Atuação
Os dados apontam que as scale-ups atuam em todos os setores, da indústria aos transportes, com maior representatividade nos segmentos varejo e a construção civil. A indústria digital concentra apenas 1% de todas as scale-ups brasileiras.
5. Perfil
Os empreendedores das scale-ups têm, em média, idade superior a 49 anos. Do grupo geral de empreendedores com menos de 28 anos, apenas 5,5% são de scale-ups.
Scale-ups no mundo
Em seu estudo sobre o tema, a empreendedora britânica Sherry Coutu, aponta que 'a vantagem competitiva não irá para as nações que se concentrarem na criação de empresas, mas sim para aquelas que focarem em scale-ups'.
A pesquisa propõe transformar o Reino Unido em uma nação de scale-ups. Para isso, o plano conclui que é preciso focar em seis setores:
1. Liberação de dados para promover as scale-ups;
2. Facilitar o acesso a talentos;
3. Desenvolver uma liderança;
4. Aumentar base de clientes dentro e fora do país;
5. Financiar empresas inovadoras;
6. Acessar infraestrutura.
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