Em palestras, cursos e apresentações corporativas, é muito frequente a utilização de vídeos. Há quem use trechos de filmes, animação, encenações autorais, vídeos que viralizaram nas redes sociais ou ainda números de musicais famosos. A diversidade é imensa e esse tipo de conteúdo está cada vez mais acessível a todos. |
Mas será que os vídeos vêm sendo usados de forma efetiva? Para responder, coloque-se na posição de alguém da plateia e lembre-se das seguintes perguntas que podem ser feitas:
1. Divertida essa cena, mas qual a finalidade?
2. Por que usar uma cena tão longa?
3. E o palestrante, em que momento demonstrará tudo o que sabe?
Para evitar que essas questões povoem a mente da plateia e para aumentar a eficácia dos vídeos em apresentações corporativas, seguem algumas recomendações valiosas:
1. Inove
Com tantos compartilhamentos de vídeos nas redes sociais e nos aplicativos, um dos grandes desafios é usar um recurso que não seja 'batido'. Por isso, procure tomar um cuidado adicional ao usar vídeos que viralizaram na internet (a chance de todos da plateia conhecerem é alta) ou ao selecionar cenas de filmes 'clássicos' em cursos. Para isso, explore a internet, navegue por links indicados, acesse os links dos links, assim você terá mais chance de encontrar algo original.
2. Avalie a finalidade
Mostrar uma cena apenas para descontrair, provocar riso ou dizer mais do mesmo pode ser uma estratégia altamente ineficaz. Procure sempre se perguntar:
- De que forma essa cena ajuda a explicar o conteúdo de minha apresentação?
- Essa cena reforça que tipos de mensagens estão ligadas ao meu objetivo de comunicação?
- As reflexões a partir dessa cena contribuem de que maneira para o aprendizado da plateia ou para a sustentação dos meus argumentos?
3. Estime o tempo
Se for apresentar durante 20 minutos, não faz sentido incluir 2 vídeos de 5 minutos cada, por mais incríveis que eles sejam. A plateia espera que o emissor da mensagem demonstre conhecimento, envolva os presentes e informe seu propósito. Não delegue ao vídeo a tarefa de comunicar. Não há uma métrica perfeita da quantidade ou tempo máximo de vídeos, mas lembre-se de que o palestrante é o protagonista e sugere-se que ele deva falar por mais de 70% do tempo de apresentação.
4. Explore as mensagens-chave do vídeo
Isso pode ser feito antes ou depois de apresentar um vídeo, mas jamais deve deixar de ser feito. Ainda é comum ver palestrantes apresentarem uma cena muito interessante e rica para a discussão, mas não explorarem as mensagens, como se os receptores fossem entendê-las por si mesmos. Para evitar isso, você pode preparar essas mensagens-chave previamente e dizê-las, sem interação com a plateia, ou por meio de perguntas aos presentes sobre o que entenderam ou como relacionam a cena com o tema da palestra, promovendo, assim, interação.
Aplicando essas recomendações, você poderá usar vídeos como recursos realmente eficazes e colher elogios em suas apresentações. Aproveite!
Vivian Rio Stella é fundadora da VRS Cursos e pesquisadora do grupo Atelier Linguagem e Trabalho, da PUC-SP.
1. Inove
Com tantos compartilhamentos de vídeos nas redes sociais e nos aplicativos, um dos grandes desafios é usar um recurso que não seja 'batido'. Por isso, procure tomar um cuidado adicional ao usar vídeos que viralizaram na internet (a chance de todos da plateia conhecerem é alta) ou ao selecionar cenas de filmes 'clássicos' em cursos. Para isso, explore a internet, navegue por links indicados, acesse os links dos links, assim você terá mais chance de encontrar algo original.
2. Avalie a finalidade
Mostrar uma cena apenas para descontrair, provocar riso ou dizer mais do mesmo pode ser uma estratégia altamente ineficaz. Procure sempre se perguntar:
- De que forma essa cena ajuda a explicar o conteúdo de minha apresentação?
- Essa cena reforça que tipos de mensagens estão ligadas ao meu objetivo de comunicação?
- As reflexões a partir dessa cena contribuem de que maneira para o aprendizado da plateia ou para a sustentação dos meus argumentos?
3. Estime o tempo
Se for apresentar durante 20 minutos, não faz sentido incluir 2 vídeos de 5 minutos cada, por mais incríveis que eles sejam. A plateia espera que o emissor da mensagem demonstre conhecimento, envolva os presentes e informe seu propósito. Não delegue ao vídeo a tarefa de comunicar. Não há uma métrica perfeita da quantidade ou tempo máximo de vídeos, mas lembre-se de que o palestrante é o protagonista e sugere-se que ele deva falar por mais de 70% do tempo de apresentação.
4. Explore as mensagens-chave do vídeo
Isso pode ser feito antes ou depois de apresentar um vídeo, mas jamais deve deixar de ser feito. Ainda é comum ver palestrantes apresentarem uma cena muito interessante e rica para a discussão, mas não explorarem as mensagens, como se os receptores fossem entendê-las por si mesmos. Para evitar isso, você pode preparar essas mensagens-chave previamente e dizê-las, sem interação com a plateia, ou por meio de perguntas aos presentes sobre o que entenderam ou como relacionam a cena com o tema da palestra, promovendo, assim, interação.
Aplicando essas recomendações, você poderá usar vídeos como recursos realmente eficazes e colher elogios em suas apresentações. Aproveite!
Vivian Rio Stella é fundadora da VRS Cursos e pesquisadora do grupo Atelier Linguagem e Trabalho, da PUC-SP.
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