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Conteúdo atualizado em 13/05/2020
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2018, 74,7% da população brasileira têm acesso à internet -- sendo que 98,1% realizam o acesso via celular. Os altos índices apontam que, cada vez mais, as pequenas e médias empresas precisam se preocupar com investimentos em estratégias digitais para estabelecer uma conexão com seu público-alvo.
Para a professora de marketing digital do Ibmec/MG, Grazielle Mendes, essa necessidade é ditada pelo comportamento do consumidor, que está cada vez mais digital, social e conectado. "É ele quem leva as empresas a adaptarem suas estratégias, desde a criação de novos canais de atuação e atendimento até novos tipos de promoção e ofertas", explica. Segundo Grazielle, o comportamento de consumo mudou para sempre e, no processo de decisão de compra, a internet é mais utilizada do que qualquer outro meio. "As empresas encaram uma nova e inevitável realidade: é preciso enxergar um único cliente e alcançá-lo onde estiver."
As tendências
Como acompanhar o desenvolvimento das novas tecnologias? Para a especialista, gerenciar de forma ágil as mudanças ligadas ao tema é o maior desafio das PMEs. Ela cita 3 tendências e comportamentos digitais que podem ser observados a partir de 2016:
1. Consumo colaborativo
Estudos apontam que as pessoas deixarão de comprar tantas coisas para usar itens compartilhados -- tendência que se mostra presente desde o surgimento de serviços como Uber e Airbnb. Já existem vários aplicativos que permitem a troca, aluguel e compartilhamento de produtos e serviços entre usuários.
2. Objetos conectados
A conectividade ultrapassou as barreiras dos aparelhos celulares e desktops e está presente em roupas, óculos, relógios e outros adereços. Isso mostra que o mercado de “internet das coisas” tende a crescer com cada vez mais intensidade.
3. Inteligência de dados
Os consumidores irão preferir marcas que saibam utilizar dados e informações, incluindo os dados sociais, para criar experiências mais ricas, personalizadas e que acelerem as interações.
Como fazer?
Quais são os canais que o seu consumidor mais acessa? Como ele busca, encontra e define o que comprar? Quais são os hábitos e comportamentos digitais dos públicos de interesse? De acordo com Grazielle, mapear a jornada do seu público-alvo é fundamental para se posicionar estrategicamente. A partir disso, ela aponta que é possível estruturar a atuação da sua empresa em 6 frentes. São elas:
1. Definição de métricas por canal e ativação dos perfis
Escolha os canais mais atraentes para o público da sua marca e defina as estratégias de atuação de acordo com a proposta de cada um. Estabeleça quais serão os indicadores de performance e conversão, principalmente, os relacionados aos objetivos.
2. Interação e atendimento
Institua o tempo de resposta e os fluxos de atendimento para que haja um diálogo permanente com o consumidor em diversos canais.
3. Geração de conteúdo por canal
Crie pautas de interesse e relevantes para o usuário, com definição de tom, linguagem e periodicidade.
4. Monitoramento da marca nas redes sociais
Faça o mapeamento das citações e principais temas de discussão envolvendo a marca e seus concorrentes.
5. Mídia e planejamento de campanhas
Lembre-se de que a grande vantagem de investir em mídia digital é a possibilidade de segmentação detalhada do público e a capacidade de mensuração dos resultados x investimento.
6. Geração de insights, atualização e aprendizados
Esteja sempre atento às mudanças comportamentais dos consumidores, às novas ferramentas e oportunidades que surgem. As novas tecnologias mudam com grande rapidez e é preciso estar sempre atualizado para acompanhar e se adaptar às mudanças.